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Rasaque Manhique garante aos funcionários públicos ter soluções para governar Maputo

O cabeça-de-lista da Frelimo, Rasaque Manhique, garantiu, ontem, aos funcionários públicos ter a solução para minimizar o problema de transporte, construções desordenadas, falta de balneários em locais com aglomeração de pessoas e atribuição de DUAT.

Rasaque Manhique elegeu, uma vez mais, um espaço fechado – Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano – para partilhar as suas ideias de governação na Cidade de Maputo.

Perante funcionários públicos, o cabeça-de-lista da Frelimo foi desafiado a elaborar o seu pensamento sobre os passos a dar para acabar com o caos nos transportes, construções desordenadas, falta de balneários em locais de grande aglomeração de pessoas, fraco saneamento, ordenamento territorial, dificuldades das pessoas com deficiência em aceder aos transportes, entre outros.

“Temos problemas de inundações. Há necessidade de tomada de medidas urgentes. Há necessidade de se responsabilizar as pessoas. Temos de ser vigilantes com as pessoas que constroem em zonas propensas à inundações”, disse uma funcionária do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

A questão das dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência no acesso aos transportes, manifestou um dos intervenientes, é “séria e que é vivida no dia-a-dia quando estes estão nas paragens”, sendo, por isso, “confrontados com problemas de mobilidade” e tal “não se deve tratar a questão da deficiência com caridade mas sim uma questão de direitos humanos.”

Os funcionários públicos defenderam ainda a necessidade de se reverter o problema do acesso aos espaços para a prática desportiva na capital do país, assim como investir cada vez mais na motivação dos trabalhadores e continuidade dos projectos iniciados pelos antigos dirigentes.

Sentado e atento às intervenções, Manhique tomou nota das cerca de dez intervenções. Depois, fez-se novamente ao púlpito do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, para “responder” os questionamentos feitos, assim como as observações dos funcionários públicos.

“Vamos garantir a manutenção de estradas. Vamos garantir a manutenção das nossas ruas. Mas, muitas vezes, pensamos nós que as ruas e avenidas só estão aqui na zona de Cimento
da cidade. A cidade não é só aqui no Kapfumo, a cidade é no Hulene, KaMaxaquene, Mapulene, Magoanine. São bairros da Cidade de Maputo. Temos de avançar, com coragem, para trazer novas vias e ruas pavimentadas nestes bairros que não estejam nesta zona de Cimento”, retorquiu o cabeça-de-lista da Frelimo.

Outrossim, o ensino inquieta os funcionários públicos e foi pela voz de um quadro do Ministério da Educação de Desenvolvimento Humano que veio a preocupação em relação ao facto de “algumas escolas não terem Direito do Uso e Aproveitamento de Terra, uma situação que faz com que alguns projectos não sejam desenvolvidos pelos financiadores porque estes exigem o Direito, Uso e Aproveitamento da Terra.”

Rasaque Manhique, a propósito, deixou claro que “primeiro, é o acesso à terra infra- estruturada” , porquanto, sustentou, “enquanto atribuirmos terra onde quer que exista sem que estruturamos essa mesma terra, estamos a criar confusão.”

Para Manhique, “vamos ter de ter paciência, criando infra-estruturas aceitáveis para depois continuarmos com a atribuição desses espaços, mas também precisamos de regularizar estes
títulos aos nossos concidadãos nos locais onde já lá estejam”.

Adiante, o cabeça-de-lista da Frelimo reitera o compromisso em “melhorar a qualidade das infra-estruturas nas escolas primárias” explicando, depois, o porquê da insistência neste aspecto: “Muitas vezes, os pais de crianças pequenas que frequentam o ensino primário decidem levar os seus filhos para o ensino privado. Não é somente na busca de um ensino de qualidade. Os pais observam todos os aspectos. Vão a um local, olham para os sanitários, vêem o edifício muito bem colocado porque é lá onde querem deixar as suas crianças, para que os seus filhos que tenham saído de casa às 6h30 com uma camisa branca voltem à casa nas mesmas condições.”

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