Muçulmanos xiitas apelam à coesão com os sunitas para acabar com as injustiças de que são vítimas, entre os quais os raptos.
Vestidos de preto simbolizando o luto e a tristeza, um grupo de cidadãos moçambicanos saiu à rua este domingo para marchar e manifestar-se pelo fim das injustiças de que são vítimas no país e no mundo. Momed Fauzio, que fazia parte da passeata, teceu críticas sobre a forma como os muçulmanos se têm relacionado.
“Os muçulmanos estão mais separados do que nunca. Existem várias seitas no Islão. Eu chamo a nossa comunidade muçulmana, no geral, à união, porque Deus todo-poderoso disse: ‘assegurem-se todos e não se separem’, mas, se formos a ver, hoje nos separamos”.
Estes muçulmanos condenam a queima do seu livro sagrado, o alcorão, facto registado recentemente na Suécia. “O nosso alcorão está hoje a sofrer uma terrível ameaça, existem pessoas que estão a tentar queimar o alcorão. É por isso que nós viemos à rua para dizer que este alcorão é o guia dos muçulmanos”, considera Momed Fauzio, líder religioso.
Juntaram-se à marcha pessoas de várias idades que professam a religião islâmica. A ocasião serviu também para lembrar um dos episódios negros da religião, que consistiu na morte há mais de 1200 anos do neto do profeta Mohamed.