A Renamo diz que ainda não há data prevista para o encerramento da última base militar, no quadro do processo de DDR. Domingos Gundana, membro do Grupo Técnico do partido para o DDR, considera que a conclusão do processo depende do pagamento de pensões.
O processo de Desmobilização, Desmilitarização e Reintegração registou um dos seus mais recentes desenvolvimentos, há duas semanas, com a aprovação do decreto que fixa pensões para os ex-guerrilheiros da Renamo.
O pagamento de pensões é a condição imposta pelo partido para o encerramento da última base militar em Sofala. No entanto, o representante do partido no Grupo Técnico para o DDR avançou, no sábado, no programa Noite Informativa, da Stv Notícias, que a Renamo não tem conhecimento do conteúdo do decreto.
“Estamos à espera de ter o documento para que digamos aos guerrilheiros que aquilo que acordamos com o Governo já está em andamento. O decreto foi aprovado pelo Conselho de Ministros de um Governo que negoceia com a Renamo, mas nós não estávamos lá representados na hora da aprovação do instrumento. Por isso, esperamos que haja boa-fé, para que tenha rubricado taxativamente tudo quanto se tenha acordado”, disse Domingos Gundana.
No encontro entre o Presidente da República e o líder da Renamo, no dia 08 de Março passado, Filipe Nyusi tinha previsto o encerramento do processo ainda em Março, algo que não aconteceu. Domingos Gundana reitera que o início do pagamento de pensões é a condição para encerrar a última base.
Em Março passado, o Chefe de Estado pediu ao Tribunal Administrativo que desse celeridade ao visto para o início do pagamento de pensões. Já nas Nações Unidas, o enviado pessoal do secretário-geral, Mirko Manzoni, adiantou que a última base pode ser encerrada este mês de Abril.