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Quatro pessoas da mesma família morrem carbonizadas em Marracuene

Quatro pessoas pertencentes à mesma família morreram carbonizadas, na noite deste domingo, no Distrito de Marracuene, na Província de Maputo, depois de a casa onde viviam ter pegado fogo por razões até aqui desconhecidas.

No quintal amplo, vedado de espinhosas com árvores frondosas, via-se o baloiço numa das mangueiras. As três crianças que passavam o seu tempo livre nele morreram. Os seus corpos e o da mãe jaziam nos destroços de uma casa de construção precária que, na noite deste domingo, ardeu enquanto dormiam. Ninguém sabe exactamente o que aconteceu, mas, para já, a suspeita é de curto-circuito.

“Não sei exactamente o que aconteceu ao ponto de termos esta tragédia. Eu estava no serviço onde trabalhei durante o turno da noite. Então o irmão mais novo da senhora que faleceu me liga a informar que a Ginoca queimou com a casa e as três crianças”, contou Adzilia Chivindze, familiar da vítima.

Samo Machanguana, secretário do bairro Faftine, em Marracuene, suspeita de curto-circuito: “Ninguém sabe as reais causas para contar devidamente. A nossa desconfiança recai sobre aquele fio de energia que pode ter causado um curto-circuito”.

Na casa ora destruída pelo fogo, viviam o casal e os três filhos,  sendo que a mãe tinha acima de 30 anos de idade, a filha mais velha tinha sete e a segunda três anos de idade e a mais nova com apenas seis meses de vida.

“Estamos também admirados com esta tragédia que aconteceu aqui. Foi exactamente pelas 22 horas que recebi a informação de que há uma casa que pegou fogo com quatro pessoas no seu interior”, relatou Samo Machanguana.

Na mesma noite, o pai das crianças tinha saído para comprar refresco numa barraca do bairro, quando a tragédia aconteceu, segundo avançou a cunhada da vítima: “Não estava aqui, ele diz que havia saído até à barraca próxima da casa para comprar um refresco”.

Até à saída da equipa de reportagem do jornal O País, por volta das 11h da manhã desta segunda-feira, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) ainda não se tinha feito ao local do acontecimento para a perícia e remoção dos corpos.

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