Perto de 800 mil moçambicanos poderão passar fome nos próximos cinco meses. Ou seja, entre Novembro deste ano e Março de 2025. A informação consta do relatório das Nações Unidas, que aponta terrorismo em Cabo Delgado, tempestades tropicais, ciclones, inundações e os impactos do fenómeno El Niño
A Organização das Nações Unidas publicou, esta quinta-feira, um relatório, no qual aponta 22 países e territórios que, nos próximos cinco meses, poderão enfrentar a insegurança alimentar.
Neste rol de países está Moçambique, que, de acordo com a ONU, se estima que quase 800 mil pessoas poderão passar fome entre Novembro deste ano e Maço de 2025.
Entre as causas por trás da insegurança alimentar em Moçambique, as Nações Unidas destacam as seguintes: Violência na província de Cabo Delgado; Maior probabilidade de tempestades tropicais, ciclones e inundações e Impactos do fenómeno La Niña.
Apesar de não ter dados actualizados sobre a segurança alimentar em Angola, a ONU diz que a situação da fome naquele país de expressão portuguesa, também é preocupante devido à seca prolongada.
Engrossam a lista dos países que nos próximos meses vão enfrentar a fome a Palestina, Sudão, Sudão do Sul, Haiti e Mali. O conflito é apontado como a principal causa da fome em todas estas áreas.
A fome poderá, também, assolar países como Chade, Líbano, Mianmar, Nigéria, Síria e Iêmen.
Para reverter o cenário, o Programa Mundial de Alimentos e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura apelam aos líderes mundiais para que priorizem a resolução de conflitos, o apoio económico e as medidas de adaptação climática para proteger as populações mais vulneráveis à beira da fome