O Partido dos Trabalhadores (PT) vai formalizar, esta quarta-feira, o registo da candidatura de Luís Inácio Lula da Silva para as presidenciais. Para o efeito, milhares de manifestantes participam de uma marcha que seguirá até a sede do Tribunal Superior Eleitoral.
Apoiantes de Lula da Silva em Paris, Berlim e Nova Iorque saíram à rua para pedir a libertação do ex-presidente brasileiro, alegando que sua prisão é uma manobra política injustificada, avança o Notícias ao Minuto.
A mobilização em torno da candidatura do líder mais popular da esquerda no Brasil foi também defendida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que garantiu que o partido vai manter Lula da Silva como candidato "até às últimas consequências".
No entanto, as aspirações presidenciais de Lula da Silva deparam-se com fortes obstáculo legais, destacando-se o facto dele estar actualmente preso e não poder fazer campanha e também pela existência de uma lei que impede condenados em duas instâncias da justiça do país de participarem em corridas eleitorais.
Num artigo publicado no jornal norte-americano New York Time, Lula afirmou que a sua prisão "foi a última fase de um golpe em câmara lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil" para "impedir que o Partido dos Trabalhadores seja novamente eleito para a Presidência".
Após a formalização da candidatura de Lula da Silva, o Tribunal Superior Eleitoral deverá pronunciar-se sobre a sua viabilidade, mas não há prazo definido para emitir a decisão.