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Província de Sofala poderá ter um novo parque industrial até 2026

O projecto é avaliado em 40 mil milhões de dólares, o dobro do PIB moçambicano, e a iniciativa será implementada por uma empresa chinesa, com a qual o Governo assinou, hoje, um memorando de entendimento.

A iniciativa denomina-se Mozambique Green Industrial Park (Parque Industrial Verde de Moçambique) e prevê a construção e exploração de um parque industrial verde, ou seja, uma estrutura com energia eólica, painéis solares e outras componentes e ainda a construção de um porto marítimo para a exportação de bens manufacturados, nos distritos de Dondo e Muanza, na província de Sofala.

O acordo que vai viabilizar aquele que será, talvez, o maior investimento a ser feito no país, entre 2023 e 2026 e com potencial de gerar 10 mil empregos para os moçambicanos, foi assinado esta quarta-feira, em Maputo, pelo ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, e a empresa Eternal Tsingshan, que vai executar o projecto.

O governante explicou que o acordo visa criar as bases para a emissão das autorizações necessárias para a implementação efectiva do projecto.

“Através deste acordo, estão criadas as bases para que o Ministério da Indústria e Comércio inicie o processo de discussão e análise técnica da proposta de investimento apresentada pelo grupo Tsingshan, em articulação com outros organismos de tutela sectorial. O processo de análise técnica deste projecto irá contemplar, igualmente, a avaliação do quadro de incentivos fiscais e garantias aplicáveis ao empreendimento, em conformidade com o previsto na legislação sobre investimentos vigente”, explicou o ministro.

O investimento, orçado em 40 mil milhões de dólares, duas vezes o Produto Interno Bruto nacional, será implementado pelo grupo chinês Eternal Tsingshan, segundo maior fabricante de produtos de aço inoxidável da China.

“Estou seguro de que este projecto, em Moçambique, vai ajudar muito o sector industrial. Então, nós precisamos muito do apoio do Governo para a implementação do mesmo”, disse o representante da empresa, Jianqiang Sun.

A proposta do projecto vai ainda à apreciação e aprovação, pelo Conselho de Ministros, à luz da legislação de investimentos vigente no país.

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