Catorze médicos de diferentes especialidades serão afectos, em breve, em unidades sanitárias da província do Niassa, particularmente nos distritos fronteiriços com o Malawi e Tanzania, de modo a melhorar a qualidade da assistência sanitária prestada às populações locais.
Paralelamente, de acordo com o director provincial de Saúde no Niassa, citado pela AIM, está previsto para breve o início da construção de quatro centros de saúde modelo nos distritos de Lago, Mandimba, Mecanhelas e Sanga, que fazem fronteira com aqueles países, no âmbito da expansão da rede sanitária e aproximação dos cuidados primários às comunidades.
Segundo José Manuel, parte significativa da população residente nas zonas fronteiriças daqueles distritos recorre ao Malawi e Tanzania para receber cuidados primários de saúde, facto que implica custos relacionados com as deslocações e pagamento de taxas pelos serviços prestados.
O director da Saúde no Niassa acrescentou que o Governo provincial quer minimizar o sofrimento a que a população é actualmente sujeita quando procura cuidados primários de saúde.
No ano passado, 10 médicos de diferentes especialidades foram destacados para a província do Niassa após concluírem a sua formação, tendo sido afectos em unidades sanitárias que funcionam nas sedes de localidade.
“A nossa perspectiva é garantir que sejam prestados cuidados primários de saúde de qualidade à população, independentemente da sua localização”, destacou José Manuel.
A província do Niassa conta actualmente com um efectivo de 128 médicos, sendo 113 de clínica geral e 15 especialistas, garantindo um rácio de dois médicos para 22 mil habitantes.