É uma boa-nova que pode mudar a realidade da Vila de Massinga, passando a ter maior mobilidade e mais segurança para os automobilistas. A estrada alternativa parte logo, na entrada da vila, e numa extensão de 4.2 mil metros e vai desaguar no centro do Município.
As obras estão orçadas em pouco mais de 2 milhões de Euros financiados pelo governo Alemão.
O projecto teria arrancado há quatro anos mas, vários factores, de entre eles, o esboço tardio do traçado do mesmo, a morosidade no estudo de viabilidade, entre outros, fizeram com que tivesse o seu arranque apenas na semana passada.
Os munícipes congratularam a parceria entre o governo provincial e o financiador (Alemanha), contudo, exigem mais, devido ao nível de desenvolvimento para aquele distrito atravessado pela Estrada Nacional Nº 1 e que não tinha nenhuma outra via melhorada, para a circulação de pessoas e bens.
“Eu estou contente em ver estas obras que vão dar-nos uma nova visão e até porque vão reduzir-se os acidentes de viação que têm vindo a ceifar vidas ao longo da estrada principal, mas não é tudo; queria ver ainda mais ruas semelhantes porque a nossa vila é o que é, sem muitas ruas”, disse Elisa Bila, uma moradora daquela vila autárquica.
Idêntica opinião têm Alfredo e Albino, automobilistas daquela vila, que também se mostram satisfeitos e querem mais obras que possam ajudar a descongestionar pequena vila.
“É verdade que o município está a construir esta estrada que é muito benéfica para nós. Não precisaremos de ir dar a grande volta, com a N-1 para entrarmos nos nossos bairros, queremos que se estenda para mais bairros que abraçam a estrada nacional”, explicaram.
Na ocasião, Daniel Chapo, governador da província de Inhambane, que procedeu o lançamento oficial da primeira pedra, para a construção daquela rodovia e respectivas valas de drenagem destacou a importância do projecto, que, embora inicie tardiamente, poderá de certa forma minimizar, não só o problema da mobilidade como o da erosão que o município tem vindo a enfrentar. Por isso apelou à vigilância na execução das obras, para que tenham a qualidade desejada.
“Pedimos a todos para que sejam fiscais destas obras, de maneiras a que, na inauguração, não se venham detectar erros, que estiveram a nossa vista” disse o governador.
Por sua vez, o embaixador da Alemanha, país financiador do projecto, com iniciativas em três províncias do país, nomeadamente, Manica, Sofala e Inhambane, disse que os seus projectos ascendem a 37 milhões de euros e que só terão sucesso se o país estiver em paz e reconciliado.
“Foi muito bom fazer parte do lançamento deste projecto, um de entre muitos que temos vindo a desenvolver. Mas, um factor indispensável para que as comunidades se desenvolvam como deve ser, é necessário haver paz entre as comunidade sobretudo das forças políticas, para que juntas possam se empenhar na dinâmica actual rumo ao desenvolvimento de qualquer país” referiu Detlen Wolter.
Actualmente, a Alemanha, na província de Inhambane, financia projectos nos distritos da Massinga, Vilanculos, Maxixe e na Via de Quissico, nas áreas de combate a erosão, abertura de furos de abastecimento de água, a gestão dos resíduos sólidos, vias de acesso, entre outras.