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Projecto Coral-Sul “vai pôr Moçambique no mapa do gás natural liquefeito”, diz Galp

Foto: Coral FLNG

A Galp detém uma participação de 10% no consórcio para o desenvolvimento deste projecto em Moçambique. A empresa garante estar a encontrar fontes alternativas e competitivas à Nigéria, no gás. A Eni é a operadora com uma participação indirecta de 50%, através da Eni East Africa, a qual detém uma participação de 70% na Área 4.

O presidente-executivo da Galp considerou, esta semana, que o projecto Coral-Sul, em Moçambique, vai colocar aquele país “no mapa do gás natural liquefeito, como um importante fornecedor mundial”, complementando os EUA e o Qatar.

“[O projecto] Coral-Sul vai pôr Moçambique no mapa do GNL [gás natural liquefeito] como um importante fornecedor mundial. O GNL continua a ser uma parte crucial no fornecimento de energia, agora e no futuro, e Moçambique vai ter um papel central, complementando os Estados Unidos e o Qatar”, afirmou Andy Brown, num vídeo gravado a propósito dos resultados do terceiro trimestre e dos primeiros nove meses do ano da petrolífera portuguesa, citado pelo Jornal de Negócios.

O projecto Coral-Sul consiste na construção de uma unidade flutuante para a liquefação de gás natural (FLNG), tratando-se do primeiro projecto de desenvolvimento relacionado com as descobertas realizadas na Área 4 na bacia do Rovuma, em Moçambique.

A Galp detém uma participação de 10% no consórcio para o desenvolvimento da Área 4 da Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado. A Eni é a operadora com uma participação indirecta de 50%, através da Eni East Africa, a qual detém uma participação de 70% na Área 4.

A Kogas e a ENH detêm uma participação de 10% cada no projecto, enquanto a China National Petroleum Corporation (CNPC) detém uma participação indirecta de 20% através da Eni East Africa.

No mesmo vídeo, Andy Brown reiterou que a empresa está a encontrar fontes alternativas e competitivas de gás natural, embora ainda não se conheça o impacto das inundações na Nigéria relativamente às entregas contratualizadas.

“Embora ainda seja incerto qual poderá ser o impacto deste evento [inundações na Nigéria], tendo pré-vendido os volumes, estamos activamente a encontrar fontes alternativas competitivas de gás”, afirmou o presidente-executivo que deixa o cargo no final do ano.

Na semana passada, a Galp informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de que tinha recebido da Nigéria GNL, principal fornecedor nacional de gás natural, “um aviso de força maior baseado nas inundações alargadas que estão a ser vividas na Nigéria, causando uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito”.

Andy Brown disse, no entanto, esperar “que o fornecimento de gás e as contribuições comerciais para 2023 melhorem significativamente”.

A Galp reportou um lucro de 608 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma subida de 86% face ao mesmo período do ano passado, e de 187 milhões no terceiro trimestre, mais 16%.

“Estou confiante que a viagem que percorremos para juntos regenerarmos o futuro vai continuar a dar resultados fortes e que a qualidade da equipa e dos activos da Galp vai permitir-nos crescer, liderando o sector na transição energética. Tem sido um privilégio fazer parte desta jornada como CEO da Galp”, rematou Andy Brown.

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