Os professores angolanos começam hoje a cumprir o primeiro de 15 dias (úteis) de greve no ensino geral. A paralisação é originada pela não resolução dos seus problemas, por parte do Ministério da Educação.
A greve, que se prolongará até 27 deste mês, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) constituindo a terceira fase de uma paralisação que foi suspensa há cerca de um ano, altura em que o Ministério da Educação de Angola prometeu dar solução às reclamações dos docentes, segundo noticia a Lusa.
“Volvidos cinco anos [desde 2013], os professores não encontraram outra forma senão recorrer a um dispositivo constitucional”, numa referência ao direito à greve, disse na semana passada o presidente do SINPROF, Guilherme Silva.
A intenção dos professores, de acordo com Guilherme Silva, é demonstrar a “insatisfação” pela não aprovação do novo Estatuto da Carreira Docente, bem como rejeitar a estratégia do Ministério da Educação de priorizar o concurso público de admissão de novos professores em detrimento da actualização de categoria dos professores em serviço.
O presidente do SINPROF pediu aos professores que “não se deixem enganar” pelos apelos feitos por dois outros sindicatos, que já se demarcaram desta greve, por considerarem que “há da parte do Governo boa vontade na resolução dos problemas da classe”.
O sindicalista disse que os professores vão avançar para a greve, não porque não são patriotas, mas porque entendem que “não há vontade política e sensibilidade da parte do Executivo em solucionar os problemas que se arrastam há muitos anos”.