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Produtores pecuários queixam-se de burocracias para aquisição de DUAT

Foto: O País

Os produtores pecuários reclamam de excessiva burocracia no processo de obtenção de DUAT para os projectos de criação de gado. A falta de indústria de processamento e a crescente onda de contrabando de carnes, segundo estes,  têm minado o desenvolvimento do sector.

O Fórum Nacional de Pecuária é um dos  eventos que os promotores foram forçados a interromper devido à  pandemia da  COVID-19. E, de lá para a esta parte, o sector foi acumulando vários problemas que, segundo os produtores, condicionaram o seu desempenho.

Os processos burocráticos para a obtenção de DUAT  têm sido, nos últimos anos, um grande entrave  para os produtores de gado, que dizem estar a enfrentar desafios para apascentar o seu gado.

“Desde 2001, não temos  DUAT e, quando vamos para a Matola, dizem que ainda não assinaram.  Quando voltamos para a  comunidade, esta,  por sua vez, não nos deixa desenvolver as nossas actividades pois não acreditam sermos detentores daquelas terras de pastagem”,  reclamou Boavida Muthombene, produtor de gado.

A Associação dos Avicultores quer mais do que a aceleração dos processos burocráticos. A implantação da indústria de processamento e o combate ao contrabando são, para já,  pontos urgentes.

“A falta de uma  indústria de processamento, o fraco funcionamento de fiscalização e o controlo de qualidade dos insumos e das aves, falta de pavilhões adequados e o contrabando são os grandes problemas que minam o nosso sector”, lamentou  Maria Henriqueta Damas,  presidente da Associação dos Avicultores.

Entretanto, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, prometeu soluções, mas, ao mesmo tempo, desafiou os  produtores  a reinventarem-se de modo a ultrapassarem algumas adversidades.

“O contrabando é um fenómeno que a gente combate hoje e,  amanhã,  eles se reinventam. Isto significa que o contrabando deve ser um fenómeno de combate contínuo, mas temos de intensificar e  mudar de abordagem. Agora, usando um termo  mais radical,  temos que cortar o mal pela raiz”, sugeriu Celso Correia.

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