O baixo preço do algodão no mercado, comparativamente às outras culturas de rendimento, associado a questões climáticas, são apontados como factores que irão determinar a baixa produção do chamado “ouro branco” na presente campanha agrícola em curso.
Dados preliminares do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), “O País” teve acesso, apontam para uma produção de 60 mil toneladas do algodão na safra 2018-1019, contra perto de 54 mil toneladas do volume global atingido na época 2017-2018.
A produção do algodão na presente campanha agrícola, está a ser feita numa área de aproximadamente 100 mil hectares, um decréscimo de cerca de 29 por cento, comparativamente a 2018.
Há anos que a produção do algodão em Moçambique tem vindo a cair. Muitos produtores desta cultura de rendimento emigraram para gergelim e feijão bóer, devido ao alto valor destes produtos no mercado.
Refira-se que na campanha agrícola 2011-2012, o país atingiu um máximo histórico de produção do algodão, ao alcançar cerca de 185 mil toneladas. Trata-se de um volume record desde a independência de Moçambique.
Até então, a melhor produção do chamado “ouro branco” foi realizada na campanha 2005/6, em que foram comercializadas 122 mil toneladas desta cultura de rendimento. Em sentido contrário, no período 1984/85, o país registou a pior produção de algodão desde a independência, que não foi para além das cinco mil toneladas.