Não há quaisquer negociações entre a procuradoria-geral de Angola e a bilionária Isabel dos Santos. O esclarecimento foi dado pela própria PGR, após notícias que davam conta de um acordo entre as partes sobre o caso “Luanda Leaks”.
Não constitui verdade que a procuradoria-geral de Angola tenha entrado em negociações com Isabel dos Santos, a mulher mais rica de África que é acusada de ter desviado 1.1 bilião de dólares dos cofres do Estado Angolano, aquando do regime do seu pai, José Eduardo dos Santos.
A informação lê-se no comunicado da PGR emitido este domingo para vários órgãos de informação, avançam a euronews, Angop e Voa português.
O desmentido ocorre, um dia depois de vários órgãos internacionais terem informado que Isabel dos Santos teria entrado em acordo com a procuradoria-geral, no sentido de ela pagar um montante da dívida de modo a reaver os seus activos e contas bancarias congeladas pelo Estado angolano.
Hélder Pitta, procurador-geral, disse que o seu organismo “continua a exercer o seu papel nos processos em curso contra a cidadã".
Isabel dos Santos tem sido notificada desde Agosto de 2018 para prestar esclarecimentos sobre a sua gestão na Sonangol entre 2016 e 2017, quando era presidente da empresa petrolífera.