A Polícia não dispõe de informação que relacionem os ataques armados de Cabo Delgado, por exemplo, aos grupos extremistas, disse Orlando Mudumane, porta-voz do Comando-Geral. Segundo ele, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão no terreno a combater insurgentes.
Depois de muito tempo sem conceder conferências de imprensa, esta quarta-feira, o Comando-Geral da PRM deu o ponto de situação sobre a criminalidade no país, referente ao período de 21 a 27 de Setembro. As incursões armadas de insurgentes em Cabo Delgado, onde há registo de mortes, raptos e destruição de aldeias dominaram as questões levantadas pelos jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social.
Orlando Modumane, porta-voz do Comando-Geral da PRM, apelou para que não se difunda informações de insegurança generalizada nas comunicadas, até porque, no seu entender os ataques são isolados.
“Nós reiteramos que não podemos estar a assumir situações de insegurança generalizada nas comunidades em algumas regiões de Cabo delgado”, onde “varias unidades operativas das FDS estão” a trabalhar e as comunidades vivem normalmente, excepto “alguns ataques registados e prontamente as comunidades são socorridas pelas Forças de Defesa e Segurança. Os malfeitores são muito bem combatidos”, afirmou.
Em relação ao alegado descarregamento de armamento russo em Cabo delgado, Orlando Mudumane, disse que a PRM distancia-se de tais informações.
No centro do país há também ocorrência de ataques armados, visando maioritariamente camionistas.
“Não há nenhuma informação que ligue estes indivíduos (atacantes) à autoproclamada Junta Miliar da Renamo. Para a PRM e as FDS trata-se de criminosos não identificados”, afirmou Mudumane.
E em relação aos dois cornos rinocerontes apreendidos na última segunda-feira, a Polícia disse serem verdadeiros.
Na análise da polícia a situação operativa no país foi calma durante a semana de 21 a 27 do mês de Setembro onde foram registados 115 delitos criminais.