A Polícia da República de Moçambique disparou, no domingo, contra membros e simpatizantes da Renamo, que se faziam à caravana de Manuel de Araújo, cabeça-de-lista daquele partido para o cargo de governador provincial. De Araújo quer que a PRM pare com actuações contra membros da perdiz em pré-campanha.
Era para ser mais um dia de pré-campanha eleitoral, para a apresentação do cabeça-de-lista da Renamo, na província da Zambézia, Manuel de Araújo, para o cargo de governador, mas acabou impedida pela polícia fortemente armada na vila autárquica de Gurúè, este domingo.
No decurso do Seminário de Capacitação em Matérias de Ilícitos e Contenciosos Eleitorais, que juntou juízes dos tribunais judiciais, procuradores, órgãos eleitorais, PRM, SERNIC e outros actores, visando a consolidação do Estado de Direito Democrático, Manuel de Araújo, denunciou tal facto. “Fomos impedidos de marchar, numa violação clara e directa da Constituição da República de Moçambique.”
E porque há um entendimento de que, quando marchas do género envolvem o partido Frelimo, a polícia nunca proíbe e muito menos dispara, o comandante provincial respondeu que, segundo sabe, houve tentativa de se mudar da rota combinada e que não há situação de proibição da marcha.
A polícia disparou gás lacrimogéneo, fazendo com que três membros da Renamo parassem no hospital. O comandante da PRM na Zambézia não quis comentar o assunto.
Durante a abertura da capacitação dos magistrados, membros do SERNIC e órgãos eleitorais em matérias de ilícitos eleitorais, o procurador-geral-adjunto, Correia dos Reis, chamou a atenção do judiciário para o rigor.