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Desmantelada quadrilha que usava documentos falsos para roubar mercadorias

A Polícia desmantelou, na cidade da Beira, uma suposta quadrilha que se dedicava ao contrabando de mercadorias usando documentação e matrículas falsas. As mercadorias eram roubadas em armazéns localizados fora do recinto portuário e eram encaminhadas para o mercado interno.

De entre os documentos falsos estão cartas de condução, livretes de viaturas, Bilhetes de Identidade e declaração de cargas.
Não se sabe há quanto tempo a suposta quadrilha operava, mas uma equipa multissectorial, num trabalho de rotina, descobriu o esquema, e um dos motoristas detido afirmou que não era a primeira vez que prestava serviço aos supostos proprietários das mercadorias, ora fugitivos.

“Tiraram-me fotografias e disseram para eu ficar aqui ate ao nosso regresso e depois vamos dar o programa de como tudo vai decorrer”, contou o motorista detido, acrescentando que depois de algum tempo de espera “vieram novamente e fizeram este trabalho de mudança de matricula e outras coisas”.

Num camião contendo mais de 600 fardos de roupa usada, a suposta quadrilha, para além de falsificar a matrícula, tapou as escritas originais do veículo e colocou outras. Os dois motoristas, detidos, encaixariam 50 mil Meticais.

Outro motorista envolvido contou a sua versão dos factos. “Para mim disseram que tinham tudo controlado e até matricula e timbre do camião e não sei onde tiraram essas coisas”, contou.

A Polícia disse que está perante um “concurso de infracções”, e a mais grave para a corporação é a falsificação de documentos.
De acordo com Dércio Chacate, porta-voz da Polícia da República de Moçambique na província de Sofala, trata-se de “um esquema devidamente articulado e há todo um trabalho de inteligência que segue com vista a descontinuar esta acção destes indivíduos”.

Chacate acrescentou ainda que há mais quatro membros envolvidos neste esquema e que encontram-se ainda à monte, “mas queremos assegurar que a PRM está a trabalhar com vista a detenção dos mesmos”.

Os mais de 660 fardos de roupa usada tinham como destino a cidade de Maputo, mas seriam descarregados no Município de Dondo, na província de Sofala.

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