Primeiras-damas de 19 países africanos, incluindo Isaura Nyusi, estão em Dubai para discutir a promoção de cuidados de saúde, sobretudo para mulheres que vivem em países pobres.
Na sessão de abertura da 9ª Conferência de África e Ásia da Fundação Merck, Isaura Nyusi, que é também embaixadora da campanha denominada “Mais do que uma mãe”, reafirmou o compromisso de trabalhar para capacitar as mulheres inférteis, através do acesso à informação, à educação, à mudança de mentalidade e apoio à educação de meninas.
“Sinto fortemente a necessidade de trabalhar de forma coesa e trocar ideias e melhores práticas a fim de servir aos nossos países”, disse Isaura Nyusi.
A Primeira-Dama de Moçambique disse aos participantes do evento que o seu gabinete conduziu, recentemente, a primeira formação em saúde para os jornalistas, com o objectivo de enfatizar o papel que os meios de comunicação social desempenham para influenciar a sociedade a criar uma mudança cultural e quebrar o estigma da infertilidade, apoiar a educação das raparigas, o empoderamento das mulheres, acabar com o casamento prematuro e a violência baseada no género a todos os níveis.
“Além disso, abordámos a importância de aumentar a sensibilização para a detecção precoce e prevenção da diabetes e hipertensão”, acrescentou a esposa do Presidente da República.
Isaura Nyusi lidera, através da Fundação Merck, um programa de financiamento de bolsas de estudo para 14 médicos moçambicanos, que se vão especializar em prevenção de doenças como diabetes e hipertensão. Depois da formação, poderão trabalhar nas unidades sanitárias de referência de todo o país.
Além de médicos, a Fundação Merck vai financiar, através do Gabinete da Primeira-Dama de Moçambique, o ensino superior de 20 raparigas em situação de pobreza.
Isaura Nyusi disse estar totalmente empenhada em trabalhar, junto da Fundação Merck, para trazer ideias inovadoras que envolvam diferentes sectores para quebrar o estigma em relação à infertilidade num curto espaço de tempo. Citou como exemplo a capacitação de raparigas e mulheres na educação e na abordagem de questões sociais críticas, como o fim de casamentos prematuros.