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Presidente do Sri Lanka impedido de sair do país

O Presidente do Sri Lanka foi impedido, esta terça-feira, de partir para o exílio no estrangeiro por funcionários da imigração no aeroporto da capital, escreve o Notícias ao Minuto que cita a agência de notícias France-Presse (AFP).

Os funcionários da imigração recusaram o acesso de Gotabaya Rajapaksa à sala VIP no aeroporto de Colombo para carimbar o passaporte, quando o chefe de Estado queria evitar o terminal aberto ao público, por temer a reação das pessoas.

Rajapaksa ainda não se demitiu, o que prometeu fazer esta terça-feira para permitir uma transição pacífica de poder.

O chefe de Estado e a mulher tinham pernoitado numa base militar perto do aeroporto internacional, após perderem quatro voos que os poderiam ter levado para os Emirados Árabes Unidos.

O gabinete do Presidente, segundo o Notícias ao Minuto, não está a divulgar informações sobre a localização do ainda chefe de Estado, mas Rajapaksa continua a ser o comandante-chefe do exército, com recursos militares à disposição.

Pela mesma razão, tem ainda a opção de abandonar o país num navio militar em direcção à Índia ou às Maldivas, disse uma fonte de defesa.

Se o Chefe de Estado se demitir como prometido, o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, será automaticamente nomeado Presidente em exercício até que o parlamento eleja um deputado para exercer o poder até ao fim do actual mandato, ou seja, até novembro de 2024.

No entanto, Wickremesinghe está também a ser contestado por manifestantes acampados fora do palácio presidencial, que há mais de três meses exigem a demissão do Presidente face à crise económica sem precedentes do país.

Rajapaksa é acusado de má gestão económica, que levou o país a assumir a incapacidade de financiar as importações mais essenciais para os seus 22 milhões de habitantes, devido à falta de moeda estrangeira.

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