O presidente Andry Rajoelina dissolveu seu governo, na segunda-feira, em resposta aos crescentes protestos liderados por jovens contra a grave escassez de água e eletricidade, uma crise que, segundo as Nações Unidas, deixou pelo menos 22 mortos e mais de 100 feridos no maior desafio à sua autoridade em anos.
Os protestos, agora em seu terceiro dia, foram desencadeados pela raiva generalizada contra apagões e escassez de água que podem durar mais de 12 horas.
As manifestações tornaram-se as maiores que a ilha do Oceano Índico já viu em anos, inspiradas pelos movimentos bem-sucedidos da “Geração Z” no Quênia e no Nepal.
Em um discurso televisionado, o presidente Rajoelina, de forma conciliadora, declarou: “Eu compreendo a raiva, a tristeza e os desafios… Eu ouvi o chamado, senti a dor.”
Rajoelina pediu desculpas caso as autoridades tenham falhado em cumprir com seus deveres e prometeu apoio às empresas afetadas pelos saques.