O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ameaçou encerrar a rede social Facebook depois de a empresa ter apagado várias contas ligadas às Forças Armadas e à Polícia do país por violação das regras da plataforma, escreve a Lusa.
“F”Facebook, ouve-me. Permitimos-lhes operar aqui na esperança de que nos possam ajudar. Se o governo não pode defender algo que é para o bem do povo, qual é o seu objectivo aqui no meu país”, questionou Rodrigo Duterte, num discurso transmitido pela televisão, na segunda-feira.
Segundo a Lusa, a empresa removeu, na semana passada, 57 contas no Facebook, ligadas às forças de segurança filipinas por “comportamento coordenado e não autêntico” e por utilizar perfis para “enganar sobre a identidade, finalidade ou origem”, disse o chefe da política de segurança da empresa norte-americana, Nathaniel Gleiche, citada pela Lusa.
A fonte avança ainda que naquelas contas tinha sido publicadas notícias de propaganda em inglês e tagalo sobre as actividades de contrainsurreição dos militares, os benefícios da controversa lei antiterrorismo aprovada em julho, bem como críticas a grupos de esquerda, activistas e opositores e ao banido Partido Comunista e ao seu braço armado, os guerrilheiros do Novo Exército Popular (NPA).
“Qual seria a vantagem de lhes permitir continuar se não nos puderem ajudar? Não defendemos a destruição em massa, nem massacres. É uma luta de ideias”, disse Duterte.
“Não podem proibir-me ou impedir-me de defender os objetivos do Governo”, acrescentou, acusando a rede social de “apoiar a esquerda” e de “promover a causa da rebelião”.
O Facebook também removeu outras contas de origem chinesa, que publicavam conteúdos de apoio ao Presidente filipino e à possível corrida presidencial da filha Sara Duterte, actual presidente da câmara de Davao.