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Presidente da República inaugura terminal de combustíveis na Matola

O Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugurou hoje um terminal de combustíveis líquidos na cidade da Matola, província de Maputo, com capacidade para armazenar cerca de 60 milhões de litros da mercadoria. Foram investidos no empreendimento 100 milhões de dólares americanos.

O terminal logístico é uma infra-estrutura moderna com cinco tanques, nomeadamente, três de diesel (gasóleo) e dois de gasolina, com capacidade para armazenar 60 mil metros cúbicos de combustíveis líquidos e seis mil metros cúbicos de gás natural liquefeito.

O terminal resulta de um investimento das empresas Galp e Independent Petroleum Group (IPG). Segundo expectativas dos investidores, vai reduzir a dependência do país em termos de abastecimento de combustíveis líquidos.

Na sua intervenção, à propósito da inauguração, o Presidente da República, Filipe Nyusi, referiu que o investimento vai estimular negócios, principalmente, dos portos, caminhos-de-ferro e dos transportadores rodoviários.

“Estamos em presença de uma infra-estrutura cuja contribuição para a economia nacional vai muito além das actividades directas que ocorrem no seu negócio. As consequências imediatas são o nível de crescimento económico, emprego e bem-estar socio-económico dos moçambicanos que constituem objectivos da nossa governação”, disse Filipe Nyusi.

De acordo com Nyusi, o país não produz petróleo e em média importa, anualmente, cerca de 1.7 milhão de metros cúbicos de produtos petrolíferos. Dos produtos importados se destacam o gasóleo, a gasolina, o petróleo, o gás de cozinha e jet para a indústria de aviação.

Filipe Nyusi considera ainda que o investimento realizado na cidade da Matola vai tornar competitivos os preços de combustíveis no território nacional.

“Com a implantação destas infra-estruturas, a nível nacional, queremos ainda assegurar o fornecimento de produtos petrolíferos de qualidade, a preços competitivos, para os nossos consumidores, bem como a disponibilidade de reservas permanentes e estratégicas do país”, garantiu o Chefe de Estado.

O investimento da Galp Moçambique e do Independent Petroleum Group (IPG), segundo Nyusi, é também um factor de desenvolvimento económico e social, pela modernização de infra-estruturas essenciais para a dinamização da economia e o desenvolvimento da sociedade.

À semelhança do investimento da Matola, a Galp Moçambique está a construir um terminal logístico na cidade da Beira, província de Sofala, que estará pronto no início do ano 2021, um investimento de 80 milhões de dólares americanos.

A cerimónia de inauguração do terminal da Matola contou com a participação do Ministro dos Recursos Minerais e Energia, governo da província de Maputo, operadores do sector de petróleos, representantes de empresas públicas e privadas, entre outras personalidades.

Os gestores das empresas IGP e Galp, que investiram no projecto, deram a conhecer que o terminal emprega 28 pessoas permanentes e 30 temporárias. Segundo eles, tem a capacidade para carregar camiões e vagões cisterna e condições para alocar gás (GPL) a empresas de enchimento de garrafas.

“Em simultâneo com o aumento da nossa actividade na região, vamos potenciar a utilização dos portos, dos caminhos-de-ferro e das rodovias. Em suma, (vamos) contribuir para o aumento da receita e da taxa de utilização de diversas infra-estruturas cruciais para maximizar o desenvolvimento económico de Moçambique”, referiu o CEO da Galp Moçambique.

O empreendimento foi construído em uma área de cerca de cinco hectares e pode armazenar 40 mil metros cúbicos de gasóleo e 20 mil metros cúbicos de gasolina, assim como seis mil metros cúbicos de gás natural liquefeito, duplicando dessa forma a capacidade até agora existente.

“Estamos empenhados, igualmente, em dar um contributo relevante para a criação de múltiplas oportunidades de emprego, com diferentes graus de especialização, bem como para a formação de quadros moçambicanos altamente qualificados”, disse o CEO da Galp Moçambique, Paulo Varela.

O projecto vai contribuir, segundo a Galp e IPG, para a redução dos custos de abastecimento ao país e garantir maior disponibilidade do gás doméstico.

“Este importante investimento reforça a fiabilidade e eficiência das nossas operações, aumentando a qualidade dos serviços e produtos que disponibilizamos aos nossos clientes, assumindo-se, igualmente, como uma plataforma para a dinamização das nossas actividades ao nível da região,” sublinhou Paulo Varela.

Por seu turno, António Catoja, director-geral da Independent Petroleum Mozambique, disse que o investimento insere-se no âmbito da expansão das oportunidades de negócio na região e na consolidação das operações já existentes, através das sinergias e vantagens criadas.

Na ocasião, o presidente da Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL) falou da importância do investimento.

“Nós como AMEPETROL – Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas estamos muito satisfeitos com esse investimento, pela Galp e pela IPG, porque vai trazer maior capacidade de armazenamento de combustíveis líquidos, mas, sobretudo, com grande importância no aumento da capacidade de armazenamento do GPL (o gás de cozinha). Isso vai permitir que haja uma maior oferta no mercado”, disse Michel Ussene.

Outro participante da cerimónia, Calisto Macane, director geral da Glencore, disse que o projecto encoraja a quem quer investir.

“Quanto mais eficiência se conseguir no mercado, naturalmente, irá se traduzir nos preços que vão ser praticados no mercado e a procura também vai aumentar e isso é um estímulo para o negócio. Nós que somos da área ficamos mais preocupados em saber qual é a redução dos custos disto e isso significa que nós vamos repassar isso nos preços e o consumidor final fica beneficiado”, disse o director geral da Glencore.

Independent Petroleum Group (IPG) é um grupo de empresas com sede no Kuwait e operações mundiais no trading e comercialização de petróleo bruto, produtos petrolíferos, GPL, petroquímicos e fertilizantes.

Já a Galp está presente em Moçambique há mais de 60 anos. É uma empresa de energia que desenvolve soluções nas suas operações.

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