O Presidente da República sul-africana, em nome do Governo, reconhecerá oficialmente este sábado o monarca MisuZulu ka Zwelithini do reino AmaZulu, o maior grupo étnico no país com mais de 10 milhões de súbditos. O anúncio foi feito ontem pela Presidência da República.
De acoro com o comunicado da Presidência, citado pelo Notícias ao Minuto, a cerimónia vai decorrer no hoje, no Estádio Moses Mabhida, em eThekwini, província de KwaZulu-Natal, sudeste do país.
O chefe de Estado apresentará um certificado governamental confirmando que Misuzulu Ka Zwelithini é o rei do reino AmaZulu nos termos da Lei de Liderança Tradicional e Khoi-San, de 2019, lê-se no comunicado da presidência sul-africana.
A cerimónia histórica oficial, denominada ‘Liphumile Ilanga KwaZulu’ (“O Sol Elevou-se na Nação Zulu”), contará com a presença de cerca de 48 mil pessoas, incluindo actuais e antigos chefes de Estado e de Governo e líderes tradicionais do continente africano e do mundo, referiu a nota.
O rei Misuzulu ascendeu oficialmente ao trono do reino Zulu na coroação realizada no Palácio Real KwaKhangelamankengane, em Nongoma, a 20 de Agosto de 2022.
Na década de 1990, o pai de MisuZulu, o rei Goodwill Zwelithini e a rainha Shiyiwe Mantfombi Dlamini Zulu, sua mãe, visitaram o Santuário de Fátima, em Portugal, para acender em conjunto uma vela por cada elemento das duas famílias.
A monarca Zulu, de 65 anos, irmã do rei Mswati III do reino de Essuatíni (antiga Suazilândia), morreu no hospital em maio do ano passado, depois de ter sido nomeada no mês anterior regente do reino amaZulu, após a morte do rei dos zulus Goodwill Zwelithini ka Bhekuzulu, em 12 de março, com 72 anos, também no hospital.