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Preços dos produtos tendem a subir na cidade da Beira

Entre Outubro do ano passado e  Março deste ano, a aquisição de produtos de diferente natureza pelos vendedores dos mercados da cidade da Beira, era feita de forma deficiente,  devido às manifestações no sul do país. As manifestações condicionaram a circulação de viaturas e,  consequentemente, de cargas e produtos.

Com este cenário, os produtos chegavam cada vez mais tarde aos seus destinos, condicionando, desta forma, os consumidores. A solução encontrada pelos vendedores, na Beira,  foi recorrer ao mercado do vizinho Zimbabwe, quando a situação estava calma, uma vez  que naquele país eram  registadas manifestações lideradas pelos veteranos de luta armada, num movimento que visa  pressionar o actual presidente a não estender o seu mandato. Este facto condicionou a movimentação de pessoas e bens e instalou-se uma nova crise no mercado dos produtos importados. 

“O nosso produto é adquirido no Zimbabwe. Então, praticamente, essa semana também lá  estão a  fazer manifestação. Assim, o produto tende a subir. Uma caixa de tomate, contendo 30 quilos, oriundo do Zimbabwe, era vendida, antes das manifestações naquele país, a 1200 meticais”, disse uma das vendedeiras.

Adiante, a fonte acrescentou que, “durante essa semana,  com as manifestações  no Zimbabwe, os preços  dispararam.”

A cebola é outro produto que, igualmente, subiu de preço nos mercados da cidade da Beira. Antes das agitações que caracterizaram o país, nos últimos cinco meses, este produto era vendido 100 Meticais mais barato.

“A cebola custava 350 Meticais o saco, no Maputo.  Agora está entre 420 a 450 Meticais.Neste momento, o país está relativamente mais calmo. O produto não é difícil de adquirir mas os preços estão mais altos.”

Os elevados preços estão a sufocar os bolsos dos consumidores. “Não está nada fácil. Os preços não estão a favorecer.Está tudo difícil, uma vez que aumentaram os preços de tudo.”

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