Projecções do Banco Mundial apontam para uma redução dos preços do carvão e do alumínio no mercado internacional de 12% e 3%, respectivamente, uma situação que poderá agravar o défice da conta corrente de Moçambique em 2019, devido ao facto dessas matérias-primas representarem maior peso das exportações do país.
Outro aspecto resultante da queda dos preços destas commotidies, é a redução das reservas internacionais, bem como a criação de pressões inflacionárias, uma vez que o país ainda é muito dependente de importações, indica aquela instituição internacional da Bretton Woods.
A China mantém as medidas tendentes à redução da produção do alumínio e do aço, com vista o controlo das metas de poluição, embora a produção tenha aumentado em áreas não restritas.
Em Abril, as tensões comerciais entre os Estados Unidos da América e a China influenciaram os preços de todos os metais. No entanto, o preço do alumínio subiu e atingiu o maior aumento em sete anos, após a imposição de sanções de Washington ao maior produtor russo.
Realçando, que no global prevê-se uma ligeira subida do preço das matérias-primas agrícolas, em torno de 1,3% no próximo ano, justificado pela redução das plantações.
Projecta-se um incremento dos preços do milho, açúcar e madeira, em 2%, 3% e 2%, respectivamente.
Os produtos agrícolas registaram um aumento de 4%, o maior aumento trimestral nos últimos dois anos, em grande parte como resultado de menores plantações de trigo e milho nos Estados Unidos da América, do impacto do fenómeno La Niña na produção de banana na América Central e da soja na Argentina.
No que tange ao preço do petróleo bruto, prevê-se uma estabilização face à decisão da última reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em aumentar a produção, criando um aumento na oferta.
Os preços do petróleo subiram em 10%, com uma média de 64,6 dólar americano por barril no primeiro trimestre de 2018, tendo duplicado o preço desde o início de 2016.
A forte procura por este produto, mais do que o esperado pelos países da OPEP e não membros, e os cortes na produção, propiciaram a redução dos stocks, não obstante as tensões geopolíticas, especialmente as novas sanções ao Irão e as clivagens entre este (Irão) e a Arábia Saudita, no Iemen, ditaram a subida de preços para 74,0 dólar americano por barril em Abril.