Até finais de 2019, mais de 1 milhão e 700 mil pessoas terão acesso a água nas zonas urbanas e rurais, com a implementação do programa Água para Vida lançado esta segunda-feira pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Trata-se de uma iniciativa nacional, avaliada em mais de 80 milhões de dólares, financiados na totalidade pelo Orçamento Geral do Estado.
O distrito de Mueda, na província de Cabo Delgado, foi o local escolhido para acolher o lançamento oficial do programa de aceleração de construção de infra-estruturas de abastecimento de água a nível nacional, abreviadamente conhecido por PRAVIDA.
Mas logo pela manhã, o Presidente da República lançou a primeira pedra para a reabilitação do sistema de abastecimento de água de Chudi que fornece água potável à vila de Mueda.
O programa Água para a Vida será implementado pelo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, pelo que o Ministro do pelouro, João Osvaldo Machatine falou da essência da iniciativa e da escolha de Mueda para esta cerimónia.
Na sua intervenção, Filipe Nyusi explicou que o PRAVIDA surge da necessidade de acelerar o cumprimento das metas do plano quinquenal 2015-2019 no que diz respeito ao acesso à água.
O governo destaca o facto de o valor total do custo do programa sair do Orçamento Geral do Estado.
Por outro lado, Nyusi deixou claro que o seu Governo não vai deixar de captar financiamentos para projectos de abastecimento de água para o consumo humano e para a agricultura.
Este é dos programas mais ambiciosos no sector de águas nos últimos anos e tem a particularidade de abranger outros sectores como Saúde, Educação e Agricultura.
O programa Água para a Vida prevê a construção e reabilitação de sistemas de retenção e distribuição de água à escala nacional, prevendo-se obras que deverão ser feitas em tempo recorde, pelo que o sector privado é chamado a assumir o desafio.
Durante o lançamento oficial do programa Água para a Vida, o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos deu a saber com pormenor, em que consistirá esta iniciativa.
Com o PRAVIDA o trabalho de construção será intenso, com prazos muito apertados. O sector privado assume o desafio e diz que fará de tudo para observar a qualidade das obras.
Depois da construção, a gestão de pequenos sistemas de abastecimento de água será terceirizado e entregue à gestão de privados.