O Chefe do Estado recebeu, esta quarta-feira, em audiência, uma delegação vinda dos Estados Unidos da Améria. Fazem parte da mesma, membros do Congresso Nacional norte-americano, pertencentes aos partidos democrático e republicano.
A delegação foi chefiada pelo chefe da comissão de relações internacionais do Senado Americano, Ed Royce, que estava na companhia do embaixador daquele país em Moçambique.
Na sua introdução, antes de solicitar a retirada da imprensa, Filipe Nyusi fez questão de passar em revista os projectos onde empresariado norte-americano está envolvido.
“Quero reconhecer os apoios sócio-económicos que o meu país tem tido, sobretudo nas áreas de saúde, de agricultura, educação, mesmo na democracia e boas formas de governação”, disse o presidente, acrescentando que “a outra área de interesse é o apoio que o vosso Estado tem vindo a prestar também nos projectos de conservação do ambiente. Nós estamos muito agradecidos. Os nossos indicadores nos últimos 10 anos são bastante encorajadores em todo o lado onde nós estamos, sobretudo nos locais onde a participação americana se faz sentir mais, em redores de Gorongosa, não só mesmo aqui no Zindave, na Reserva de Maputo e no Niassa, onde as matanças e eliminação dos animais prevalecem… em todo o caso há uma tendência de melhoramento com o envolvimento de alguma segurança e isso encoraja-nos e dá-nos força”.
No capítulo da exploração do petróleo e do gás natural, o presidente recordou a importância que aquele país americano tem neste sector, tendo em conta que duas das grandes empresas são norte-americanas, nomeadamente, Anadarko e ExxonMobil.
“Recebo mais visitas dos americanos ultimamente para discutirmos sobre os procedimentos, refiro-me aos da Anadarko e ExxonMobil, mas também as outras empresas onde eles são associados para discutirmos a estratégia, o que temos em conjunto. O que temos de fazer juntos, que temos de falar, qual é a linguagem comum com os japoneses e com todos os seus Shareholders”, finalizou o Filipe Nyusi.
Refira-se que com a entrada da ExxonMobil na exploração da área quatro na bacia do Rovuma, o Estado moçambicano encaixou 354,4 milhões de dólares norte-americanos com a tributação de mais-valias da transacção.
O Presidente da República garantiu que vai criar condições para que os congressistas possam ir ao local onde as duas empresas funcionam, de modo a que tenham uma ideia real dos resultados que as suas actividades dão ao país.
Já os congressistas norte-americanos, falando momentos depois do encontro com o estadista moçambicano, asseguraram que no encontro foi produtivo e que vai trazer resultados tangíveis para os dois países.
“Nós achamos que há muitas possibilidades para mais desenvolvimento sustentável, mais investimento aqui. Para que as pessoas possam viajar do mundo para aqui para ver a abundante fauna bravia. Como o senhor presidente fez menção, existe uma longa costa em Moçambique e uma grande biodiversidade, os animais marinhos as tartarugas. Este é, sem dúvidas, um dos mais bonitos lugares do mundo” explicou Ed Royce, chefe da delegação americana.
Mais adiante, outro congressista americano presente no encontro, classificou de importante, pois, para si, foi também abordado “o assunto relativo aos benefícios que os dois povos podem retirar da conservação do ambiente”.
O encontro serviu também para Moçambique mostrar a sua abertura para a desnuclearização da península coreana, sendo que vai votar a favor, na qualidade de membro da Organização das Nações Unidas.
Na verdade, a desnuclearização do sul e norte coreanas é um assunto debatido pelos líderes dos dois países no primeiro encontro que tiveram e houve acordos avançados de que este é um objectivo comum dos dois: uma Coreia livre de armas nucleares.