O Porto de Maputo atingiu um novo recorde de 31,2 milhões de toneladas manuseadas em 2023, crescimento de mais de 16% em relação ao ano de 2022, revela um comunicado do porto. De acordo com a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), entidade gestora da infra-estrutura, que anunciou os seus resultados anuais, o porto consolidou, assim, a sua posição como um dos principais motores económicos da região da África Austral.
“Dos 31,2 milhões de toneladas movimentadas, cerca de 25 milhões foram constituídas por minérios diversos, nomeadamente crómio, ferro crómio, magnetite, carvão, minério de fosfato, vanádio, titânio, cobre, vermiculite, entre outros”, lê-se na nota de imprensa.
De acordo com Osório Lucas, director-executivo da MPDC, o manuseamento das referidas cargas reflecte a estratégia de diversificação em que o Porto de Maputo tem apostado nos últimos anos e o destaque vai para a distribuição mais equilibrada dos volumes transportados.
“Enquanto 61% foram movimentados por via rodoviária, 39% foram transportados por via ferroviária, indicando um aumento significativo de 8,4% na utilização do caminho de ferro em relação ao ano anterior, estabelecendo, assim, também um novo recorde para o Porto de Maputo”, indica o comunicado enviado ao “O País Económico”.
“Embora haja um crescimento na movimentação ferroviária, a procura do Porto tem crescido exponencialmente, por isso vamos continuar a trabalhar com os CFM para procurar um maior equilíbrio entre a carga ferroviária e rodoviária”, explica o Director Executivo.
Para mitigar o congestionamento rodoviário que tem sido registado na EN4, foi inaugurado, em Novembro, o do Parque de Gestão de Tráfego de Camiões em Pessene.
O aumento substancial do volume de carga tem tido um impacto directo no valor das taxas fixas e variáveis pagas ao Governo de Moçambique. Neste contexto, o Porto de Maputo diz ter contribuído com mais de 41 milhões de dólares (excluindo impostos e dividendos aos accionistas), o que representa um crescimento de 29% face ao ano anterior.