O canal de acesso ao Porto da Beira está a ser submetido a uma dragagem de emergência, de modo a permitir a acostagem de navios de maior tonelagem. A operação, iniciada na última quinta-feira, vai durar seis meses, de acordo com AIM.
O projecto está orçado em cerca de 25 milhões de euros, desembolsados pelos CFM.
Os trabalhos estão a cargo de uma empresa holandesa denominada Van Ôord Mozambique, Lda, que venceu o concurso internacional e cujo contrato teve início a 20 de Outubro, com a mobilização dos equipamentos para o Porto da Beira. A fiscalização da obra será assegurada pelos CFM.
Segundo os mentores do projecto, esta dragagem de emergência permitirá a reposição das larguras do canal de 135 e 250 metros, bem como as cotas de menos oito e menos 9.20 metros nos troços rectos e na curva de Macuti, respectivamente.
Terminada a dragagem, espera-se que o Porto da Beira volte a ser demandado por navios de tipo Panamax, com até 60 mil toneladas de peso bruto, operando 24 horas por dia. Actualmente, apenas podem acostar no Porto da Beira navios com até 30 mil toneladas de arqueação bruta.
Depois desta dragagem de emergência, seguir-se-á outra de manutenção por um período de 18 meses, que será regida por um outro contrato.
O Porto da Beira serve como ponto de entrada e saída das mercadorias de alguns países da África Austral sem acesso directo ao mar, como o Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e República Democrática de Congo.