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Portadores de deficiência poderão não votar nas autárquicas em Cabo Delgado

O Representante da Associação de Surdos e Mudos de Moçambique (ASUMO), Bacar Raibo, em Cabo Delgado, prevê uma abstenção massiva involuntária das pessoas portadores de deficiência auditiva nas eleições autárquicas de 2018, devido a suposta exclusão, da vida social e política.

Segundo, Bacar Raibo, muitos portadores de deficiência auditiva não tem cartão do eleitor por não terem se recenseadas alegadamente por falta de informação, uma exclusão que voltou a repetir se na campanha eleitoral, onde muitos surdos e mudos não tiveram acesso aos manifestos dos partidos que concorrem nas cinco autarquias da província.

As abstenções serão graves nas autarquias localizadas em zonas rurais, onde muitos portadores de deficiência auditiva não dominam a língua de sinais, e não tem acesso a informação, como alguns que vivem nas cidades, que souberam das eleições de 10 de Outubro a partir de alguns meios de comunicação social visuais.

“É difícil votar alguém que você não sabe o que promete. E para nós, isso só seria possível, se os partidos políticos apresentaram os manifestos eleitorais”, disse Raibo.

A preocupação foi apresentada durante um encontro organizado pelo Conselho Provincial da Juventude de Cabo Delgado, que prometeu ajudar aos portadores de deficiência auditiva, na luta pela inclusão social e política.

Em Cabo Delgado, há muitas pessoas portadoras de deficiência auditiva, mas apenas 100, são membros da Associação de Surdos e Mudos de Moçambique.

 

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