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Polícia Municipal aperta fiscalização de transportes escolares em Maputo

A Polícia Municipal, na cidade de Maputo, está a intensificar a fiscalização das carrinhas escolares para aferir e sensibilizar o cumprimento das medidas de prevenção da COVID-19 durante o transporte dos alunos.

Segundo o porta-voz da polícia municipal na capital do país, Mateus Cuna, os elementos em análise são o álcool para desinfecção das mãos, a pintura amarela para identificação das carrinhas e os acompanhantes responsáveis por assegurar o cumprimento das medidas de contenção da pandemia, durante o percurso de casa até à entrada na escola.

O ponto de fiscalização, esta terça-feira, foi a Escola Primária Completa A Luta Continua na cidade de Maputo. No geral, todos os condutores cumpriam a lotação recomendada, entretanto, em alguns casos, foram constatadas algumas irregularidades, como a falta de desinfectante, acompanhante ou mesmo a pintura do carro, que, conforme sublinha Cuna, “o transporte de aluguer escolar deve ser de cor amarela”.

Do balanço da fiscalização feito pelo porta-voz, apesar de algumas irregularidades constatadas, na sua maioria, os condutores têm cumprido as medidas e, mesmo para os que teimam em não cumpri-las, a polícia está orientada para uma fiscalização proactiva, ou seja, tem-se privilegiado o diálogo e sensibilização dos condutores.

“A título de exemplo, no período compreendido entre 19 de Março e 19 de Abril, foram fiscalizadas 357 viaturas e não tivemos nenhuma multa aplicada, graças à colaboração dos condutores, que, após a constatação de irregularidades, por parte da polícia, tendem a regularizar a situação”, disse Mateus Cuna.

Apesar de se optar pelo diálogo, nada impede a responsabilização dos condutores infractores. Por exemplo, segundo o regulamento de transportes em veículos automóveis e reboques, na falta de serviços públicos, a multa passada seria de 10.000 meticais.

Os transportadores escolares dizem que a actividade já não é rentável, uma vez que as despesas, os turnos e os dias de aula aumentaram, por isso se viram obrigados a aumentar o valor das mensalidades por aluno.

“Antes, o valor mínimo eram 1.200 meticais e, agora, passou para 2.000 meticais, mas, ainda assim, não compensa por conta das despesas, algumas carrinhas carregam, às vezes por viagem, apenas cinco alunos e não é rentável”, lamentou o presidente dos transportadores escolares, Calisto Namburete.

A fonte revelou ainda que, por conta das despesas, alguns transportadores “desistiram da actividade”, dos 160 transportadores que operavam na cidade da Matola, por exemplo, mais de 20 pararam a actividade.

A redução do número de transportadores deve-se ao facto, também, de alguns encarregados optarem por levar, pessoalmente, os seus educandos à escola, como “o País” constatou nalgumas estabelecimentos de ensino que visitou.

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