Um agente da PRM foi acusado, hoje, na cidade da Beira, de estar a interferir negativamente no processo de recenseamento eleitoral, ao facilitar a entrada de pessoas para serem inscritas em detrimento de dezenas de munícipes que estavam na fila desde a madrugada. A situação criou um tumulto que paralisou, por alguns instantes, o processo na capital de Sofala.
Os munícipes da Beira manifestaram-se, na manhã desta segunda-feira, contra o agente da Polícia que, alegadamente, facilitou a entrada de sete pessoas para serem recenseadas, em detrimento dos que estavam na fila desde a madrugada e de outros que há vários dias não conseguem recensear-se na Escola Primária de Macombe, no bairro da Munhava. A comunidade insurgiu-se e um dos jovens do bairro foi detido.
O jovem em causa foi levado para uma viatura da Polícia e, enquanto a nossa equipa de reportagem tentava colher o seu depoimento, os agentes conduziram a viatura para uma das esquadras da cidade da Beira.
A comunidade local afirmou ainda que há sempre uma lista na posse dos brigadistas de pessoas para serem recenseadas ou os mesmos facilitam a entrada de pessoas que não estão na fila.
Os munícipes entrevistados acrescentaram que, devido às alegadas listas das filas, diariamente, só são recenseadas três a cinco pessoas.
O director do STAE, na cidade da Beira, afirmou que irá averiguar o caso e que, oportunamente, irá pronunciar-se.