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Pobres caminham para o fundo do precipício e ricos ficam mais ricos

A conclusão consta do Inquérito Demográfico e de Saúde 2022-23, que conclui que a desigualdade entre pobres e ricos continua grande em Moçambique e a situação piora quando se olha para aqueles que vivem nas zonas rurais. Quer dizer que os ricos ficam mais ricos, enquanto os pobres, mais pobres.

O Inquérito Demográfico e de Saúde 2022-23 veio sublinhar o que Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2024-2043, já tinha revelado: a distância entre ricos e pobres no país.

Para chegar a esta conclusão, o relatório recorreu ao coeficiente de Gini que mede a dispersão estatística ou o tamanho da desigualdade da distribuição da riqueza e varia de 0 a 1.

Segundo coeficiente de Gini, o índice zero corresponde à completa igualdade e, no caso de rendimento, por exemplo, toda a população recebe o mesmo salário e o 1 corresponde à completa desigualdade, onde uma pessoa recebe todo o rendimento e as demais nada recebem.

Nesta fórmula, a taxa de desigualdades de rendimentos em Moçambique situa-se nos 0,40% e ela é menor nas zonas urbanas (0,23%) e maior nas rurais (0,45%).
E isto significa que os pobres continuam a caminhar para o fundo do precipício e os mais ricos a acumular mais riquezas.

O relatório revela, ainda, que a taxa de mulheres empregadas, com idades entre 15 e 49 anos, baixou de 72 % para 30 %, entre 2003 e 2022-23.

O cenário inverso registou-se nos homens, com o aumento da taxa de empregados de 61 para 81%.

Os dados do 4º Inquérito Demográfico e de Saúde foram recolhidos de 27 de Julho de 2022 a 27 de Fevereiro de 2023.

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