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Pesquisa de gás na bacia de Angoche preocupa sociedade civil

A petrolífera ENI apresentou, hoje, o Estudo de Pre-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito para a pesquisa na área A5-A da Bacia de Angoche. A sociedade civil mostrou-se preocupada com os prejuízos aos recursos marítimos na área de concessão.

A história começou em Outubro do ano passado, quando o Governo decidiu conceder a área A5-A à petrolífera italiana ENI. O contrato para a materialização do facto foi assinado precisamente do dia 17 do mesmo mês.

Representada pela organização ambiental WWF, a sociedade civil mostrou-se preocupada com os possíveis impactos ambientais negativos que poderão advir do processo de pesquisa de hidrocarbonetos naquela área.

A petrolífera italiana ENI apresentou, hoje, o Estudo de Pre-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito, onde a empresa falou de como é que vai ser desenvolvida pesquisa que se pretende que dure de quatro a oito anos.

Vai ser instalada uma plataforma no alto mar, a 60 quilómetro da costa, dois mil metros de profundidade com um tubo de cerca de meio metro de diâmetro.

Descartam-se riscos fatais, mas fala-se de impactos nos recursos marinhos, bem como o tráfego marítimo. E é com os recursos marinhos que a sociedade civil, representada pela directora da WWF, Anabela Rodrigues, mostra preocupação.

Anabela Rodrigues diz que não pode constituir tranquilidade o facto de a plataforma ser instalada a 60 quilómetros da costa, “até porque a fauna marinha movimenta, principalmente a super fauna marinha”.

Ainda não se sabe se será encontrado hidrocarboneto comerciável no fundo do poço e a ENI avança que a possibilidade de sucesso é de apenas 10 a 20 porcento. E até lá, deverão ser seguidos muitos outros passos. O INP, representada por Gil Aníbal, garantiu estar a acompanhar atentamente o processo de estudo ambiental e diz que até aqui está tudo dentro do que é legalmente exigido.

Os dados apresentados esta segunda-feira poderão ser modificados, sendo que depois de aprovado o estudo de impacto ambiente, poderá se passar para a pesquisa propriamente dita. Um processo que poderá levar pelo menos 4 anos.

 

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