Hoje é Dia Internacional da Luta contra a Pesca Ilegal, Não declarada e Não Regulamentada. Apesar dos esforços para combater este mal, estima-se que Moçambique perde, anualmente, cerca de 60 milhões de dólares norte-americanos, o que aumenta os desafios na fiscalização do espaço marítimo.
Em todo o mundo, a pesca é uma fonte vital para a alimentação, emprego e desenvolvimento económico e social. Todavia, com o aumento da população e consequente escassez de alimentos, assiste-se à sobrepesca e à pesca ilegal, ameaças que devem ser combatidas.
Para mitigar o problema e evitar perdas na ordem de 60 milhões, a cada ano, Moçambique vai albergar o Centro Regional de Controlo, Monitoria e Fiscalização da Comunidade dos Países da África Austral. A infra-estrutura será instalada em Maputo e deverá servir a outros países da região.
Na África Subsaariana, estima-se que as perdas causadas por essa pesca fraudulenta variam entre um e 1,5 bilião de dólares por ano, quase um quarto do total das exportações anuais de peixe em África.
Em todo o mundo, a Pesca Ilegal, Não declarada e Não Regulamentada acarreta prejuízos que variam de 10 a 23,5 bilhões de dólares norte-americanos anualmente, segundo dados do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas.
O valor representa cerca de um sexto e um terço das capturas mundiais declaradas, o que se traduz entre 11 e 26 milhões de toneladas de peixe por ano.
Este ano, o Dia Internacional de Luta contra a Pesca Ilegal, Não declarada e Não Regulamentada, cujo objectivo é alertar ao mundo sobre a necessidade de uma pesca sustentável, é assinalado sob o lema “A Pesca Sustentável Começa Connosco”.
Entretanto, a Organização das Nações Unidas chama atenção para uma contínua deterioração das águas costeiras, devido à poluição, bem como à acidificação dos oceanos, com efeito adverso sobre o funcionamento dos ecossistemas e da biodiversidade, o que impacta negativamente na pesca em pequena escala.