Arrancou hoje, no país, a toma da segunda dose da vacina AstraZeneca. Espera-se que 72.277 pessoas sejam inoculadas nesta fase.
O processo não decorre em todo o país, apenas nas províncias de Nampula, Tete, Manica, Gaza, província e cidade de Maputo. Na capital do país, espera-se que 7.878 adiram ao processo de vacinação.
Segundo a directora municipal de Saúde, Bélia Xerinda, na primeira fase do processo de vacinação, que decorreu de 4 a 19 de Agosto, foram administradas três vacinas – Verocell, Jhonson & Jhonson e AstraZeneca, esta última que tem intervalo de oito a 12 semanas entre a primeira e segunda doses.
“Na cidade de Maputo, tínhamos mais de duzentas mil pessoas por vacinar na primeira fase da campanha de vacinação e, desse número, cinco por cento da população é que tomou a AstraZeneca e esperamos que todas adiram ao processo”, disse.
KaMpfumo é o distrito com mais pessoas por vacinar, com 2.500, seguido de KaMavota (1.900), KaLhamanculo (1.050), KaMubukwana (700), KaMaxaqueni (160), KaTembe (100); em KaNyaka, ninguém tomou a vacina da AstraZeneca.
A fonte revelou que, devido ao menor número de pessoas por vacinar, houve necessidade de reduzir os postos, que, na primeira fase, totalizavam 68.
“Decidimos desactivar muitos postos da vacinação, de 68 para sete. Assim, por exemplo, para o distrito KaMpfumo, as pessoas devem ir ao Centro de Saúde de Malhangalene; para KaLhamanculo, temos o Centro de Saúde de Xipamanine; para KaMaxaquene, temos o Centro de Saúde 1º de Maio; e em kaMavota, vão para o Centro de Saúde 1 de Junho”.
As pessoas, que foram vacinadas no distrito KaMubukwana, devem dirigir-se aos Centros de Saúde do Zimpeto ou de Bagamoyo, e, em KaTembe ao centro de saúde local.
Ou seja, as pessoas não irão tomar a vacina nos mesmos locais onde tomaram a primeira dose. A médica garantiu que, para o conhecimento das pessoas, para além do trabalho que as estruturas locais devem fazer, o sector da saúde tem mandado mensagens aos visados, a informá-los sobre os locais aonde devem dirigir-se.
No entanto, não foi o que aconteceu no primeiro dia e a situação criou constrangimentos aos beneficiários, segundo reclamou Castigo Manhiça.
“Recebi uma mensagem a recordar-me que devia tomar a segunda dose hoje (terça-feira); quando cheguei ao Pavilhão de Estrela Vermelha, onde tomei a 1ª dose, ninguém estava, e não havia nenhuma informação de que devíamos vir para aqui. Tive que ligar para o número que mandou a mensagem e foi assim que tive a informação de que tinha que vir para este Centro [de Saúde de Malhangalene]”, contou Castigo Manhiça.
O munícipe disse, ainda, que perdeu parte do seu dia, devido aos transtornos criados pela falta de informação clara.
A situação verificou-se em grande parte dos munícipes que foram àquele posto para tomarem a vacina, pois, antes, se dirigiram ao local onde tomaram a primeira dose.