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Paulina Chiziane conversa sobre liberdade no “A caminho da feira”

Dentro de dois meses, aproximadamente, o Jardim Tunduru vai receber mais uma edição da Feira do Livro de Maputo. Enquanto o grande momento de intercâmbio literário não chega, o Conselho Municipal da capital do país e seus parceiros promovem o “A caminho da feira”, actividade que, entre outras pretensões, divulgam o evento que irá arrancar no dia 5 de Outubro.

Como é de habitual, o Conselho Municipal de Maputo escolheu um autor para, no “A caminho da feira”, partilhar experiências literárias. A missão calhou na escritora Paulina Chiziane, que recentemente lançou mais um livro: O canto dos escravos. No entanto, para a conversa da próxima sexta-feira, o pretexto para o encontro que inclui um clube de leitores do bairro das Mahotas, arredores da cidade de Maputo, será As andorinhas, uma obra constituída por três estórias, todas “inspiradas” em figuras reais, como Eduardo Mondlane e Lurdes Mutola.

A conversa com os leitores que se organizaram para a VII actividade do “A Caminho da Feira do Livro” irá acontecer na Biblioteca Municipal das Mahotas, localizada na Casa Agrária daquele bairro, das 10h às 12h.
Referindo-se ao encontro, Chiziane explicou que lhe interessa levar a obra As andorinhas aos leitores pela forte componente que tem com a liberdade. Nada ao desbarato, que, para a contadora de estórias, a busca pela liberdade deve ser uma preocupação de todas gerações e de forma constante.

A intervenção de Paulina Chiziane será algo breve, no entanto suficientemente produtivo para a autora introduzir o clube de leitores juvenil numa futura leitura de O canto dos escravos, outro livro de Chiziane que tem na liberdade um meio e um fim. Aliás, a escritora clarifica: “as andorinhas, as águias e as personagens do livro que perseguem o voo daquelas aves são em si símbolos de liberdade”. Então, considerando esse simbolismo, Paulina Chiziane promete, ao conversar sobre o livro, transportar os leitores para a realidade, “para que as pessoas possam ter uma oportunidade de meditar sobre a vida”.
Sem expectativa nenhuma em relação ao encontro, Paulina apenas quer ter uma conversa aberta com gente nova, o que considera muito importante para os autores e para os leitores. Por isso deixa uma felicitação: “está de parabéns o Conselho Municipal por este tipo de iniciativas. Faltava esta vontade de tirar o escritor do anonimato de modo que possa inspirar novos leitores. É sempre necessário levar o livro às pessoas”.

 

 

 

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