O sector privado diz estar insatisfeito com o nível de implementação de muitas medidas aprovadas pelo Governo para alavancar as empresas.
“Uma medida é aprovada, mas a sua implementação a nível nacional difere. Há uma série de interpretações dessas medidas, embora sejam boas, por exemplo, na área dos vistos, na área de abertura das empresas”, considerou o director executivo da CTA, Eduardo Sengo.
Um dos exemplos é a linha de crédito do Banco de Moçambique de 500 milhões de dólares no âmbito da COVID-19 que não surtiu efeitos na actividade empresarial.
“A sua aderência devido aos requisitos à volta disso não teve o impacto desejado, embora fosse uma linha importante, grande e volumosa”, referiu Sengo.
Para reverter esta e outras situações, o sector privado, representado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), maior entidade patronal do país, apresenta propostas.
“Por exemplo, o Plano Quinquenal coloca como uma das metas, entre 2019 a 2024 fazer com que a abertura de empresas em Moçambique seja, de facto, de um dia, mas até agora não conseguimos. Se nós quisermos iniciar um negócio no país ainda levamos mais do que 15 dias, tendo em conta os vários procedimentos associados, registar, abrir empresa, registar no INSS, processo que leva muito tempo. É importante rever a legislação”, lamentou Eduardo Sengo.