A colectânea de poesia, que marca a estreia de Mauro Brito em livro, foi lançada, na cidade de Maputo, lá vão várias luas. Não obstante, porque existe sempre novos públicos a conquistar e novos espaços para os quais levar a emoção e os sentimentos tão contidos nas páginas dos livros, o poeta decidiu voltar ao Norte, concretamente, à província que mereceu ter a primeira capital do país, para lançar o seu “Passos de magia ao sol”: Nampula.
Naquela região do país, o livro será apresentado aos leitores makhuwas e tantos outros num formato informal, quinta-feira, mesmo sem nenhum apresentador com essa função, afinal, os livros também têm vozes que falam por si.
Nesta viagem aos ventos que sopram do Norte Mauro Brito escolheu, para apresentação da obra literária, o Museu Nacional de Etnologia, durante a exposição sobre a celebração do Dia Internacional dos Museus que amanhã se assinala. Além disso, Brito escolheu um museu para esta aventura literária “por ser um local público e pelo simbolismo que transporta, onde todas etnias se encontram”. E por que voltar a Nampula é sempre uma experiência com um tempero especial o poeta viaja com uma pretensão. Nada secreta, que de segredos já bastam os silêncios que os versos encerram: “Neste alcance ao público de Nampula, pretendo descobrir novos leitores e expandir de forma diversificada o livro, dando oportunidade para que tenham contacto com o livro, porque o livro chega tão pouco”, afirmou Mauro Brito.
O evento deste dia em que a obra do poeta chega oficialmente a Nampula irá iniciar às 10h e vai estender-se até às 17h. No Museu Nacional de Etnologia, Mauro Brito vai ter uma breve conversa com os leitores e o público em geral, no entanto, com algum destaque para alunos e estudantes das escolas vizinhas ao museu, que farão parte da exposição “Unindo, Construindo”, alusivo à efeméride.