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Pão poderá estar mais caro a partir de Abril em Nampula

A partir de 1 de Abril o pão poderá estar dois meticais mais caro em Nampula. Os panificadores dizem que não têm outra solução porque os custos de produção dispararam nos últimos dois anos.

O pão que não deve faltar na refeição de cada dia poderá estar mais caro a partir de 1 de Abril na província de Nampula. Os panificadores dizem-se sufocados porque os custos de produção subiram nos últimos anos, com particular destaque para a farinha de trigo.

“Em 2019, o último preço da farinha [de trigo] foi 1480. Agora, em 2021, estamos com mais 400 meticais de subida por cada saco. Significa que estamos com 1880 e com perspectiva de em Maio mais uma vez subir mais 200 a 250 meticais”, disse Abdul Anani, representante da Associação Moçambicana de Panificadores em Nampula.

Anani disse ainda que a subida poderá ser a partir de um de Abril “cientes de que em Maio a farinha vai subir, então o nosso exercício é para ver se a subida que vamos fazer agora é para não tornarmos a subir. Mas os cálculos que estão a ser feitos é mesmo para ver se conseguimos evitar que de mês a mês, sempre que a farinha subir, temos que remexer o preço do pão”.

Com efeito, o novo preço vai ser definido em função do peso diferenciado, tal como detalhou Anani.

“Temos pão de 80 gramas que neste momento custa 5 meticais e poderá vir a custar entre 6 e 7 meticais. E temos o pão de 160 gramas que poderá vir a custar entre 12 e 14 meticais, provavelmente”.

A última vez que se mexeu no preço do pão foi em 2019. Dois anos depois, a Associação Moçambicana de Panificadores retoma o velho assunto do subsídio à farinha de trigo como forma de travar a subida do preço do pão, mas com um figurino diferente do que já foi introduzido no mandato do Presidente Guebuza.

“A proposta seria o Governo voltar a subsidiar a farinha, como um produto de primeira necessidade, não directamente para os panificadores, por exemplo, mas para as moageiras. Isto a breve trecho tem que acontecer”.

O assunto está a mexer com os corredores do Governo porque, por um lado, as moageiras e os panificadores falam de prejuízos, e por outro lado, o momento parece impróprio para aumento de preços porque o orçamento de muitas famílias ficou corroído devido aos impactos da pandemia da covid-19 que levaram mais de 43 mil trabalhadores ao desemprego.

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