Moçambique quer aperfeiçoar o sistema integrado de gestão de cheias e secas, para reduzir os impactos dos desastres naturais. Hoje, a Direcção Nacional de Abastecimento de Águas reuniu-se com alguns países para a partilha de experiências.
Quando faltam cerca de dois meses para o início da próxima época chuvosa, a Direcção Nacional de Águas entende que se deve aperfeiçoar o sistema de gestão de cheias, para minimizar os impactos.
“Trouxemos o Botswana, a África do Sul e o Zimbabwe para juntos construirmos um sistema integrado, de modo a que os outros países também possam fazer a operação desse sistema e para que possam ajudar-nos a introduzir os valores que são necessários, para que possamos fazer uma melhor previsão das cheias e, no futuro, pensamos em fazer o mesmo processo para questões de seca”, explicou Agostinho Zacarias, chefe do Departamento de Recursos Hídricos.
E porque das 104 bacias hidrográficas que o país tem, partilha nove com outros países, esta sexta-feira, Moçambique reuniu-se com a África do Sul, Zimbabwe e Botswana, com os quais partilha a Bacia do Limpopo, para trocar experiências.
“A severidade dos eventos extremos vem aumentando, então há necessidade de os países estarem em prontidão e terem instrumentos mais apurados para poderem fazer o monitoramento de forma concisa, para dar resposta atempada às instituições que trabalham na gestão de cheias e secas”, disse Sérgio Sitoe, representante da Comissão da Bacia do Limpopo.
Um dos maiores desafios que Moçambique enfrenta é a gestão da água da chuva, que resulta em inundações e cheias, entretanto, em época seca, o país volta a ser fustigado por secas e escassez de água.
Para o mês de Outubro, em que inicia a época da chuva, os Secretariados da Organização de Bacias Hidrográficas da SADC poderão reunir-se, na Cidade de Maputo, com o objectivo de criar um sistema integrado até 2025.