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No ano passado, 27 mil alunos do ensino primário e secundário deixaram de frequentar a escola, na Província de Tete. Entretanto, gravidezes indesejadas, longas distâncias e prática de actividades informais, são apontadas como principais causas das desistências.

A Província de Tete matriculou, ano passado, 829.48 alunos primários, incluindo do ensino secundário. Destes, mais de 27 mil alunos da primeira à décima segunda classes abandoram a escola por vários factores. O ensino secundário foi onde houve mais casos de desistência.

Longas distâncias, entre a escola e a casa do aluno, actividades de pesca, pastagem do gado e gravidezes indesejadas são apontadas pelo sector, como principais causas de abandono.

No entanto, os dados apresentados, esta terça-feira, pela direcção provincial da educação, indicam que o número de casos de abandono reduziu, se comparado com igual período de 2022
De acordo com sector da educação, pelo menos doze raparigas regressaram à escola este ano.

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No ano passado, pelo menos cinco pessoas perderam a vida no rio Licungo, vítimas de ataques de crocodilos. Este ano, já foram registados vários ataques, e o fenómeno preocupa as comunidades que usam a água do rio para as actividades domésticas.

O perigo no rio Licungo continua crescente para as várias famílias que buscam desta fonte a água para lavar a roupa, tomar banho e outras necessidades diárias.

Entretanto, os relatos de medo de ataques de crocodilo são de todos os que escalam o rio. A nossa equipa de reportagem interagiu com um pescador que salvou uma criança no final do ano passado, quando estava prestes a ser devorada por um réptil problemático.

Rainha Francisco, que vive no distrito de Mocuba, também contou que foi por pouco que escapou de um ataque de crocodilo em 2012.
Segundo fontes do sector da agricultura em Mocuba, “não há nenhum trabalho exclusivo em curso, além da sensibilização”.

Os meses de Dezembro são os mais preocupantes em termos de ataques de crocodilo. O que sucede é que, com o baixar do leito, o crocodilo passa a residir distante das comunidades. Porém, quando o caudal aumenta o volume de água, passa a estar próximo das comunidades ribeirinhas.

Mais uma vez os árbitros de Futebol vão aos testes físicos em todo o país. É uma prova que servirá de segunda oportunidade para os que reprovaram no início da época e de continuidade ou não para os que estão neste momento a ajuizar.

Tidos como maus da fita e influentes nos resultados finais dos jogos, sobretudo os do Moçambola, os árbitros tem estado no centro das atenções nos últimos dias.

O exemplo claro da contestação dos homens do apito, veio de de Chimoio, no jogo de Moçambola, entre Textáfrica e Black Bulls, onde houve até pancadaria.

E, Para aferir o nível físico e não técnico, dos homens do apito, a Comissão Nacional dos Árbitros de Futebol, CNAF, agendou para o próximo mês, testes físicos de controlo dos que tem vindo a apitar e recorrência para os que chumbaram no início da época. Serão submetidos aos testes os árbitros de Futebol 11, Futsal e Futebol de Praia.

Pela zona sul, para Maputo Cidade e Província, os testes serão realizados no Parque dos Continuadores ou no Estádio Nacional do Zimpeto, no dia 3 de Agosto. Em Gaza, as provas vão decorrer no Campo Municipal de Xai-Xai a 24 de Agosto. Em Inhambane, os exames serão realizados no Campo Municipal da Maxixe no dia 10 também de Agosto.

Na zona Centro, os testes serão feitos em Manica, no Campo Municipal de Chimoio, a 10 de Agosto. No Norte, todas provas irão acontecer em Cabo Delgado, no Campo Municipal de Pemba, a 17 de Agosto.

O Presidente queniano William Ruto nomeou, esta quarta-feira, quatro figuras da oposição para cargos-chave do novo governo. A nomeação foi feita como uma forma de estancar as manifestações contra a subida de impostos, que resultou em manifestações e mortes naquele país.

Trata-se de quatro políticos, todos membros do partido de Raila Odinga, o mais directo adversário político do Presidente William Ruto. São concretamente John Mabadi, na pasta das Finanças; James Opiyo, na pasta da Energia e Petróleo; Hassan Ali, no Ministério das Minas e Economia Marítima; e Wycliffe Oparanya, no Ministério do Desenvolvimento Cooperativo de Pequenas e Médias Empresas.

Estas nomeações acontecem depois de William Ruto ter anunciado no passado dia 11 de Julho a demissão de praticamente todo o seu governo, com excepção do ministro dos Negócios Estrangeiros, Musalia Mudavadi.

Dos ministros recentemente nomeados, cerca de 10 estavam no governo anterior. Neste momento, falta o ocupante do ministro da Justiça.

Esta remodelação governamental veio em resposta ao forte movimento de contestação ao projecto de orçamento 2024-25, que introduzia novos impostos, mas que foram retirados na sequência de manifestações violentas.

 

O antigo vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e actual cabeça-de-lista da Coligação Aliança Democrática (CAD) na Zambézia , Meque Braz, diz que a CNE enganou o Conselho Constitucional (CC) no processo de aceitação da candidatura de Venâncio Mondlane. Para Braz, o CC não deve credibilizar a decisão da CNE, pois é meramente política.

“O Conselho Constitucional aceitou a candidatura de Venâncio Mondlane, porque este foi suportada por uma coligação, já escrita na Comissão Nacional de Eleições. Então o CC solicitou a CNE para saber se a coligação existe, para que possa entrar na corrida eleitoral”.

Braz diz ainda que “os membros da CNE que estão na CNE, que são os cabecilhas disso tudo, estão a enganar a si mesmos e ao seu líder.
O antigo vice-presidente da CNE entende que, caso a decisão da CNE prevaleça a nível do CC, o povo poderá manifestar em reivindicação.

“Se o Conselho Constitucional aliar-se a ilegalidade que a própria CNE cometeu de pontapear as leis, não temos outra alternativa além de aliar-nos ao povo. Não há armas suficientes para matar todo o povo”.

 

Alguns funcionários públicos, entre eles da Polícia da República de Moçambique e do Ministério da Justiça, acobertam e encorajam actos de violência doméstica, na zona Sul da província de Sofala, por consideraram normal esta prática, facto que está a contribuir para perpetuar este mal.

Actos de violência doméstica são frequentes nos distritos de Búzi, Chibabava e Machanga, localizados no Sul da província de Sofala, sob o olhar cúmplice das comunidades e algumas autoridades locais, pois, para elas, violentar uma mulher é uma forma de educar e mostrar a masculinidade.

Esta anormalidade culmina com ferimentos, entre eles ligeiros e graves, e, por vezes, com a morte.

Esta forma de ser  e de pensar  destas comunidades estende-se alguns até aos funcionários públicos, que lidam com estes casos, normalizando-os, pois, vezes sem conta, não tomam as acções necessárias para responsabilizar os autores, depois de uma queixa, o que está a contribuir para a continuidade do mal.

Uma organização religiosa católica, denominada ESMABAMA, está a capacitar os funcionários públicos daquela região da província de Sofala, que lidam com  casos de violência baseada no género, de modo a darem o devido seguimento aos mesmos.

Para os participantes, o maior desafio será encontrado nas comunidades que não possuíam nenhum conhecimento sobre violência baseada no género.

Acções de capacitações como estas serão estendidas para outras regiões de Sofala, onde, anualmente, são registados inúmeros casos de violência  doméstica e muitos deles nem sequer são reportados às autoridades.

O Hospital Geral de Mavalane está sem máquina de raio X há mais de três meses. Todos os pacientes que chegam àquela unidade sanitária da Cidade de Maputo são enviados para o Hospital Geral da Polana Caniço, mas lá o atendimento é deficitário.

Na noite de terça-feira o jornal O País visitou alguns hospitais da capital Maputo, para  medir o “pulsar” do atendimento aos utentes, antes do início da greve dos médicos, agendada para a próxima segunda-feira.

No Hospital Geral de Mavalane, o banco de socorros até funciona normalmente, mas nem tudo vai bem.

O sector de radiologia está encerrado porque a máquina de Raio X está avariada há meses.

Bancos abandonados e portas encerradas caracterizam o sector de radiologia naquela Unidade Hospitalar. O facto é que a máquina de Raio X está parada há cerca de três meses. Os utentes que buscam pelos serviços são enviados para o Hospital Geral de Mavalane, informação que se lê num papel colocado no vidro da cabine de aceitação.

Entretanto, a nossa equipa de reportagem dirigiu-se à Polana Caniço, onde, logo ao chegar, se deparou com uma idosa transtornada no corredor, que abandonava o hospital com o neto às costas, sem ter sido atendida.

“Fui ao Hospital Geral José Macamo e Mavalane, agora chego aqui e dizem que não há máquina. Eu vivo em Hulene, lá longe. Só posso ir massagear o pé com água quente em casa”, disse Rebeca Mondlane.

De hospital em hospital, Rebeca Mondlane foi dispensada por alegada insatisfação da classe médica, segundo conta.

“Ele disse que não há técnicos por alegadas dificuldades que todos acompanham na televisão. Se quiserem, vão a José Macamo ou ao Centro de Saúde de Alto Maé.

Fui a Mavalane. Um hospital daquele tamanho não conseguir reparar a avaria de uma máquina, faz sentido? Dizem que a máquina não funciona, sabe-se lá há quantos meses. No tempo de Samora, não passávamos por isto”, disse, magoada, a idosa.

Quem também esperou mais de três horas sem ser atendida na Polana Caniço é uma senhora que tentava apoiar-se em muletas para abandonar os bancos de espera.

Segundo Roberto Manhiça, filho da paciente, os técnicos presentes informaram que deviam tentar um outro hospital, porque o responsável pelo sector não se faria presente, por razões não esclarecidas.

“O médico que nos atendeu diz que o técnico de raio X não se fez presente no dia de hoje. Isso é muito caricato, porque estão aqui doentes que querem fazer raio X, porque provavelmente têm problemas graves, igual à minha mãe. Estamos aqui há três horas”, explicou Roberto Manhiça.

Refira-se que os médicos retomam a greve na próxima segunda-feira, em jeito de reivindicação de meios de trabalho, desde ligaduras, soro, até seringas e muito mais.

Os produtores precisam de ter, pelo menos, um pluviómetro para monitorizar e planear melhor as actividades de produção, de modo a minimizar o impacto das mudanças climáticas, defende o climatologista Isaías Raiva, do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM). Já o gestor de projectos de desenvolvimento comunitário, Goi Francisco, diz que o país precisa de apostar na permacultura.

Num contexto em que a agricultura do país se ressente dos impactos das mudanças climáticas, provocadas pelo fenómeno El Niño, a sexta edição da Mozgrow discutiu o tema: “Agro-negócio e o desafio das mudanças climáticas”.

A considerar as fragilidades de acesso à informação que os agricultores têm, Isaías Raiva afirmou que seria ideal que cada agricultor tivesse, pelo menos, um pluviómetro para previsões claras sobre os níveis de precipitação.

“Seria importante que cada agricultor tivesse, no mínimo, um pluviómetro. Isso ajudaria a monitorizar melhor a sua actividade. Com o instrumento, eu saberia em que áreas colocar a minha cultura, se vai chover ou não. Este instrumento deve custar 200 Meticais, e nós mostraremos como usar”.

Isaías Raiva também sugeriu que os agricultores devem ter acesso às previsões sazonais que o INAM disponibiliza de forma gratuita. “Saber qual será o clima dos próximos três ou seis meses permite saber quando, o que e onde vou semear e se está a chover o suficiente para a minha agricultura”.

Por sua vez, o gestor de projectos de desenvolvimento comunitário da IPERMO, entidade responsável por projectos de permacultura, em Mahubo, no distrito de Boane, defende que a resiliência do agro-negócio depende do uso e aproveitamento racional das potencialidades de cada região.

Considerando uma pesquisa da FAO, que indica que “a população africana vai aumentar de 15% para 19% até 2030, num ritmo contrário à fertilidade do solo”, e que, “se o continente não adoptar novas abordagens para regenerar o solo até 2050, a terra arável por pessoa vai reduzir para ¼ do que era em 1960”, a IPERMO alerta que é preciso adoptar a permacultura, como forma de potenciar a resiliência aos desafios climáticos.

A permacultura pretende criar um sistema de assentamentos humanos sustentáveis, ecologicamente saudáveis e economicamente viáveis, capazes de ser sustentáveis a longo prazo

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) lançou hoje, em Maputo, o portal do fornecedor, que visa conferir mais transparência, eficiência e justiça no fornecimento de bens e serviços à HCB.

A HCB é a maior produtora de energia eléctrica de Moçambique e uma das maiores de África, com cerca de 500 milhões de dólares em receitas anuais e mais de 200 milhões de dólares de resultado líquido. Em média, a hidroeléctrica regista em torno de 2,2 mil milhões de Meticais de compras anuais em bens e serviços no portal do fornecedor, dos quais 60% são feitos no mercado nacional, e o remanescente no mercado internacional. E é para conferir maior confiança e transparência que a empresa apresentou, esta quarta-feira, o portal do fornecedor, aliás, é uma plataforma inovadora, visto que anterior se mostrou obsoleta.

“O Portal do Fornecedor da HCB, representa essa nossa convicção e comprometimento com a transparência, eficiência e justiça nas nossas práticas, em todos os nossos processos de compras.

É uma prova da nossa dedicação em promover relações fortes e mutuamente benéficas com os nossos fornecedores, mas, acima de tudo, revela o nosso compromisso em impulsionar o desenvolvimento económico de Moçambique, através do empresariado nacional, proporcionando um ambiente de equidade e igualdade entre todos.

“Julgamos que o desenvolvimento a que nos referimos passa por criar acessibilidades e facilidades ao empresariado nacional, criando oportunidades de participar em todas as licitações para o fornecimento de bens e serviços para a HCB, através de uma plataforma em que todos têm igualdade de acesso à informação”, disse Tomás Matola, Presidente do Conselho de Administração da HCB.

Os fornecedores e potenciais fornecedores de bens e serviços que marcaram presença naquele evento público tiveram a oportunidade de questionar como funciona o portal. Na mesma ocasião, foi explicado que toda a transação vai ocorrer dentro do portal e exigiu-se seriedade e rigorosidade no uso da plataforma.

O PCA da HCB reafirmou a convicção de que o portal vai dinamizar a prestação de serviços à hidroeléctrica e impulsionar o empresariado nacional.

“Ao embarcarmos neste novo capítulo, estamos conscientes das responsabilidades que o acompanham. Por isso, estamos empenhados em manter os mais elevados padrões de integridade, ética e conformidade, em todas as nossas interacções com os nossos fornecedores. Este portal será um veículo para reforçarmos estes princípios e garantirmos que as nossas práticas de compras são conduzidas com o máximo profissionalismo e justiça, pois reconhecemos que os nossos fornecedores são parceiros cruciais para o nosso sucesso e estamos empenhados em criar um ambiente que lhes permita prosperar.”

Para terminar o seu discurso, Tomás Matola agradeceu aos que colaboraram para a renovação da plataforma.

“Finalmente, gostaria de expressar o meu sincero agradecimento a todos os colaboradores e equipas técnicas que estiveram envolvidas e que trabalharam incansavelmente para concretizar a renovação do portal do fornecedor, bem como para a realização deste evento. A vossa dedicação e entrega abnegada foram fundamentais para tornar esta visão uma realidade.”

A hidroeléctrica de Cahora Bassa garante que, com este portal, foi reforçada a transparência.

Oito partidos extraparlamentares entregaram, hoje, à Renamo uma deliberação que confirma, oficialmente, o seu apoio total à candidatura de Ossufo Momade nas eleições de 9 Outubro. Entre os apoiantes, está o Congresso dos Democratas Unidos, movimento que, no passado dia 21 de Junho, submeteu uma impugnação ao Conselho Constitucional contra a candidatura da Coligação Aliança Democrática.

Trata-se de oito homens e mulheres que um dia sonharam em dirigir o país, mas decidiram abandonar os seus ideais para apoiar a corrida eleitoral de Ossufo Momade à Ponta Vermelha.

“Oito partidos tiveram consenso e aprovaram, por unanimidade, apoiar incondicionalmente Sua Excelência, Ossufo Momade, em todas as dimensões da sua candidatura à presidência da República”, disse Hipólito Couto de Jesus, em representação do grupo dos apoiantes.

O congresso dos Democratas Unidos, partido que, no dia 21 de Junho, submeteu uma impugnação ao Conselho Constitucional contra a candidatura da Aliança Democrática, também apoia a Renamo, mas diz que lamenta o afastamento da coligação da corrida eleitoral de 9 de Outubro.

“Não estamos satisfeitos, porque a CAD é um parceiro e conhecemos muito bem todos os elementos, trabalhámos em paralelo em vários pleitos eleitorais”, explicou.

Por sua vez, a Renamo enalteceu o apoio dos extraparlamentares e garantiu que Ossufo Momade tem estado a trabalhar em prol da vitória nas eleições de 9 de Outubro.

“Reiteramos que o presidente está a cumprir com o seu plano de actividades, e estas acções não resultam da informação posta a circular por alguns órgãos comunicação social, segundo a qual o presidente só começou a sair para trabalhar em função da deliberação da Comissão Nacional de eleições”, rematou o porta-voz da Renamo, Marcial Macome.

A Renamo diz ainda que está preocupada com a suposta incapacidade do Governo para encontrar soluções para a greve dos médicos, enfermeiros, professores e as mais recentes reivindicações dos magistrados.

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