O candidato presidencial da Renamo diz que não vai aceitar resultados fraudulentos nas eleições de 9 de Outubro. Ossufo Momade acrescenta que não vai assinar acordos com nenhuma entidade.
Acompanhado pela esposa, pela cabeça-de-lista que concorre ao cargo de governador, pelo delegado provincial, membros e simpatizantes do partido Renamo, Ossufo Momade chegou, no início da tarde deste sábado, à vila-sede do distrito de Namuno, na província de Cabo Delgado, onde fez a caminhada pela estrada principal que liga Montepuez e Namuno.
No local do comício, falando aos eleitores, o candidato disse, num tom firme, que: “este ano não vou aceitar resultados fraudulentos, não vou aceitar. Este ano, temos que governar e só com o vosso voto vamos chegar lá. Não vou aceitar assinar qualquer acordo que resulte em eleições fraudulentas”.
O candidato presidencial da Renamo prometeu ainda a descentralização na perspectiva de conferir mais poderes aos administradores distritais, assim como aos governadores províncias. No entender de Ossufo Momade não faz sentido “que sejam os governantes, a nível central, a decidirem a vida dos distritos ou das províncias”.
Ao longo do seu discurso, Ossufo Momade criticou o estágio da Educação e da Saúde no país. “Quando chegarmos ao poder, vamos resolver os problemas dos professores, dos enfermeiros e dos médicos”, prometeu.
Momade não deixou de fora a exploração dos recursos naturais em Cabo Delgado, trazendo como exemplo a extracção do gás e de pedras preciosas, que não está a trazer ganhos às comunidades. “Ali no Rovuma há gás, mas vocês sentem o benefício disso? Nós queremos mudar isso, vocês têm direito de beneficiarem-se destes recursos. Este país não é de um punhado de pessoas, é nosso, este país é nosso”.
No comício de Namuno, o presidente da Renamo apresentou, igualmente, a cabeça-de-lista que concorre ao cargo de governador na província de Cabo Delgado.