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“Os pilares da sociedade”: clássico cai como luva no país

“É um desafio que o Mutumbela sempre teve”. Falava Jorge Vaz, hoje, no programa Vidas em Directo da Stv, sobre a adaptação de textos clássicos para o teatro moçambicano. Além de produzir os seus próprios trabalhos, sempre fizeram uma excursão às obras com mais de 100 anos, entretanto com uma história actual.

Não é a primeira vez que Mutumbela Gogo cutuca o saudoso Henrik Ibsen. Já adaptou duas peças do dramaturgo norueguês. A primeira foi “A casa da Boneca” e a segunda “O Inimigo do povo”. Mas o seu repertório já revisitou grandes obras internacionais.

“Se formos a reparar os temas são quase que semelhantes ao que temos passado. Nós vamos ver qual é que se assemelha à realidade actual do nosso país”, explicou Vaz aos apresentadores Liudimila Jeque e Dudas Aled.

Segundo o encenador da peça “Os pilares da sociedade”, o grande constrangimento de adaptar clássicos é trabalhar os textos à moda moçambicana e o factor tempo sempre está em questão. Segundo esclarece o profissional, a nossa realidade precisa de muita acção, intriga e humor, porque o texto apenas afugenta o público. O entrevistado disse que os textos adaptados precisam de, no mínimo, espectáculo de quatro horas. Portanto, o Mutumbela reduz até ao máximo de uma hora e pouco.

A peça estreia esta sexta-feira, mas é um trabalho que iniciou ano passado. Jorge Vaz e a falecida Graça Silva tiveram o primeiro contacto com a obra, houve também a intervenção do professor António Cabrita e, depois, regressou às mãos dos actores. Finalmente está pronto para ser apresentado aos moçambicanos.

 

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