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Órgãos eleitorais em Maputo satisfeitos com recenseamento eleitoral

Foto: O País

Em Maputo, há muita gente que se recenseou no último dia do processo. Há quem só se dirigiu ao posto de recenseamento depois das 22 horas, obrigando os brigadistas a encerrarem à meia-noite, tal como o previsto.

Pela noite do último sábado, os potenciais eleitores chegavam aos postos de recenseamento em vários pontos da Cidade de Maputo. Era uma procura de última hora por parte de cidadãos que não se tinham recenseado desde o início do processo.

A Comissão de Eleições da Cidade de Maputo diz que o número de recenseados é satisfatório. A presidente do órgão na capital do país revelou que, até sexta-feira, 82% das pessoas previstas se tinham recenseado e que havia a expectativa de se recensear até 85% dos cidadãos até ao fim do processo, no último sábado.

Os cidadãos entrevistados pelo “O País” alegaram sobrecarga de agenda para terem deixado de se recensear nos dias anteriores.

Os brigadistas cumpriram as orientações da Comissão Nacional de Eleições de encerrar os postos à meia-noite nos locais onde ainda havia pessoas por serem recenseadas.

Antes do fim-de-semana, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) alargaram o processo de recenseamento eleitoral. Para os dois últimos dias do processo, o atendimento, na sexta-feira, foi alargado até às 22 horas e, no sábado, até às 24 horas.

Na verdade, os órgãos eleitorais anunciaram um alargamento do horário do recenseamento para responder às enchentes. Segundo relatos, havia muitos cidadãos a dormir ao relento para garantir um lugar nas filas e ter acesso ao cartão de eleitor.

Foi por isso que a Renamo acusou os órgãos eleitorais de estarem a sabotar o recenseamento eleitoral.  O vice-presidente da CNE, Fernando Mazanga, disse que os membros da Renamo naquele órgão não se reviam com o que estava a acontecer durante o recenseamento eleitoral.

Algumas organizações da sociedade civil garantiram, no último mês, que os órgãos eleitorais estão a favorecer o partido no poder, a Frelimo. As organizações não-governamentais dizem haver esquemas de manipulação. Por sua vez, as autoridades eleitorais negaram as acusações.

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