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Orçamento do Estado 2019: Governo e FMI em sintonia

O Governo moçambicano aprovou recentemente uma proposta de Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano, que está em linha com a directrizes avançadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Tanto para o FMI assim como o Executivo de Maputo, o pacote de austeridade é para manter em 2019, embora na realidade, a proposta do OE aprovada pelo Governo, apresente mais gastos na despesa pública face a 2018.

Ao todo, são 324 biliões de meticais em gastos públicos previstos para o próximo ano, mais 22 biliões que no presente exercício económico de 2018.

Contudo, as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e a inflação para 2019 estão em linha com os indicadores avançados do Fundo Monetário Internacional, em Agosto passado.

Vamos aos números:

Concretamente, o Governo moçambicano prevê um incremento da economia na ordem de 4,7 por cento, ligeiramente acima dos 4,5 por cento previstos pelo FMI. A inflação para ambos (Governo e FMI) aponta para taxas não superiores a 6,5 por cento.

A perspectiva a curto prazo é de uma recuperação gradual e ampla na actividade económica. As Reservas Internacionais Líquidas vão manter-se a níveis confortáveis, a situarem-se nos 3.100 milhões de dólares, cobrindo seis meses de importação de bens e serviços.

Porém, apesar destes sinais de aparente recuperação da economia moçambicana, o representante-residente do FMI em Maputo, Ari Aisen, alertou há dias, que prevalecem choques externos no mercado internacional que podem repercutir negativamente no desenvolvimento do país.

Exemplo disso, é a recessão da economia sul-africana. A depreciação do rand e o encerramento de empresas vai resultar na desvalorização das remessas e na perda de empregos dos trabalhadores moçambicanos naquele país vizinho.

 

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