A fim de acelarar o processo de restituição de artecfatos e objectos culturais saqueados em África no período colonial, a Open Society Foundations (OFS) disponibiliza 15 milhões de dólares. O anúncio foi feito por Patrick Gaspard, presidente da OFS e ex-embaixador dos Estados Unidos de América na África do Sul a estação televisiva SABC Digital News, a partir de Londres.
O interesse de apoiar a devolução de bens culturais ao continente africano coincide com o primeiro aniversário da publicação do “Relatório Sarr-Savoy”, encomendado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no qual se exige o retorno imediato e incondicional de objectos africanos obtidos por meio de roubo, saques, despojos, truques e consentimento forçado, antes de 1960.
Segundo Patrick Gaspard, a devolução é importante para os africanos, considerando que tal ajudará na construção de uma identidade consistente, baseada em factos concretos, palpáveis. A restituição desses bens e artefactos com valor etnográfico, entende Gaspard, seria, por outras palavras, trazer África de volta para o seu continente, pois aqueles objectos são parte da essência das suas gentes e tradições.
Com efeito, o valor disponível será investido nos próximos quatro anos, para criar conexões entre os países do continente, envolvendo escolas, artistas, activistas e líderes espirituais que trabalham na área. Concretamente, o apoio irá abranger infra-estruturas que irão receber o material em condições de serem exibidos ao público.
Portanto, o presidente da Open Society Foundations acredita que a Restituição irá ajudar na afirmação do continente através da história que irá legitimar a identidade, avança uma nota enviada à imprensa moçambicana.