Pelo menos onze pessoas escaparam de um suposto tráfico de seres humanos, em Maputo. As vítimas terão recebido falsas promessas de emprego no exterior. Em conexão com o caso, um cidadão chinês foi detido pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal.
Entre as vítimas estavam homens e mulheres, que, por via telefónica ou através de conhecidos, receberam promessas de emprego para trabalhar na Tailândia, em troca de remunerações.
Mesmo sem informações detalhadas sobre o emprego, a viagem já estava marcada para o último sábado, quando foi desprogramada pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal, por concluir que se tratava de um esquema de tráfico de seres humanos, segundo explicou o porta-voz da instituição, Hilário Lole.
“O facto é que os vistos tratados para os indivíduos eram de turismo, as passagens tratadas eram somente de ida e não para volta e não tinham nenhum contacto naquele território tailandês e nem havia cláusulas contratuais, de como é que seria a vida e o trabalho no país.”
Em conexão com o caso, foi detido um cidadão chinês, quando recolhia as vítimas para a viagem, na última sexta-feira.
“O indiciado somente diz estar a mando de alguém, que se encontra na Tailândia, e afirma que se trata de trabalho, mas concluímos que se trata de uma rede de tráfico bastante estudada. Sabe o que faz, e o SERNIC está a trabalhar para ter toda a informação sobre os restantes membros desta quadrilha.”
Em poucas palavras, o indiciado negou as acusações e insistiu que se tratava mesmo de recrutamento para emprego.
As vítimas têm entre 22 e 32 anos de idade.