O Sudão do Sul corre o risco de regressar à guerra, devido à violência étnica e às lutas pelo poder. Quem o diz é a Organização das Nações Unidas (ONU), que aponta que a situação ameaça destruir os fracos progressos conseguidos na implementação do processo de paz.
O Sudão do Sul, país mais jovem do mundo, tem sido palco de instabilidade, desde que obteve a independência do Sudão em 2011.
Entre finais de 2013 e 2018, uma guerra civil colocou as forças leais ao Presidente Salva Kiir da etnia dinka, contra as do seu adjunto, Riek Machar, de outra etnia.
Perante as várias crispações, a Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas no Sudão do Sul alertou que o país poderá voltar a reviver as sombras do passado, com o regresso à guerra, devido ao agravamento de onda de violência étnica e as lutas pelo poder.
A Organização das Nações Unidas refere que as diferenças entre as forças sul-sudanesas ameaçam destruir os progressos conseguidos com a implementação do processo de paz no país.
O acordo de paz que pôs fim à guerra em Setembro de 2018 tem vindo a ser sistematicamente perturbado por desacordos entre antigos beligerantes e várias das suas disposições-chave ainda não foram concretizadas, quando falta menos de um ano para as eleições-gerais.
O fracasso no estabelecimento de um comando unificado das forças armadas, um dos pontos centrais do acordo de paz, favorece um clima de violência no Sudão do Sul.