Enquanto investigadores britânicos dizem ter alcançado um avanço significativo na corrida por uma vacina contra o novo coronavírus, estando perto de poder começar a ser testada em animais e seres humanos, falta o principal: fundos para continuar esta luta e não apenas no Reino Unido.
“60 milhões são para financiar as operações da Organização Mundial de Saúde, o restante é para os países que estão, particularmente, em risco e que precisam do nosso apoio. A nossa mensagem para a comunidade internacional é ”invistam hoje ou paguem a factura mais tarde", explica o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Nas últimas 24 horas, a OMS registou o maior aumento no número de casos, desde o início da epidemia. Em Hong Kong as autoridades de saúde estavam a fazer testes a mais de 1.800 passageiros e tripulantes só no "World Dream", um navio de cruzeiro, depois de membros da tripulação sentirem febre e outros sintomas.
Já 10 passageiros, do Diamond Princess, do Japão, deram positivo no teste ao referido vírus. Os restantes 3.700 passageiros e tripulação ficam em quarentena ao largo de Yokohama, até duas semanas.
Entre eles está um cidadão britânico que colocou um vídeo na internet dizendo que se trata apenas de “um cruzeiro prolongado de duas semanas", ainda que acrescente que “não será um cruzeiro de luxo, será como uma prisão flutuante. Mas temos tempo livre para deixar a nossa mente fazer o que quiser. Podem ser coisas criativas e positivas, ou podemos arrastar-nos para a sarjeta. Certamente não vou fazer isso".
Itália começou, quarta-feira, a utilizar scanners térmicos em todos os passageiros que chegam em voos internacionais. Quando o equipamento não está disponível centenas de voluntários da Cruz Vermelha fazem o trabalho com tablets ou termómetros digitais.
No aeroporto de Roma o controlo faz-se também nos passageiros de voos domésticos. No país há dois casos confirmados de pessoas portadoras do vírus, um casal chinês de Wuhan.